Resumo de Freud no "divã" do Cárcere: Gramsci Analisa a Psicanálise, de Erasmo Miessa Ruiz
Mergulhe na análise de Freud e Gramsci com Erasmo Ruiz. Uma reflexão surpreendente entre psicanálise e crítica social que irá desafiar suas ideias.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem insana, onde Freud e Gramsci se encontram e, em vez de um café entre amigos, o clima é de análise profunda e, quem diria, até carcerária! Em Freud no "divã" do Cárcere: Gramsci Analisa a Psicanálise, o autor Erasmo Miessa Ruiz nos convida a explorar o pensamento de dois titãs da filosofia e da psicanálise, e tudo isso enquanto Gramsci está lá, por trás das grades, analisando o que é que havia de tão interessante na mente humana, principalmente quando a vida se torna um tanto... complicada.
Ruiz começa soltando a famosa máxima de Gramsci: "o pessimismo da razão, o otimismo da vontade", como uma espécie de mantra para a obra. O autor traz à tona a visão gramsciana sobre a psicanálise freudiana, argumentando que este, o Freud, tinha uma forma de enxergar a psicologia que poderia muito bem ter como cenário os muros da prisão. E sim, estamos falando da prisão, porque nada como estar com a vida em risco para refletir sobre o que se passa dentro da cabeça dos outros (e da sua, claro!).
Logo de cara, o leitor é apresentado à crítica de Gramsci sobre como a psicanálise não se desenrola realmente para o povo. É como se o próprio Freud estivesse sentado no divã, ouvindo os lamentos de prisioneiros enquanto tenta explicar que, na verdade, o superego nem sempre é super e que as frustrações é que fazem a gente ser incrível - ou não.
Ao longo do livro, Ruiz explora o conceito de hegemonia e como isso se aplica à psicanálise e à ideologia. Ou seja, Gramsci estava basicamente dizendo que, enquanto as elites dominavam o pensamento psicológico, o povão estava lá, amarrado nas suas neuroses, sem nem um terapeuta para chamar de seu. Todo mundo precisa de um Freud, mas nem sempre conseguimos o nosso, não é mesmo?
A obra também nos leva a reflexão sobre a liberdade e a prisão, tanto físicas quanto mentais. Com isso, Ruiz nos faz mergulhar em discussões sobre a individualidade na sociedade, as barreiras que enfrentamos e os desejos reprimidos da alma humana - coisas que Freud adorava decifrar, não importa onde ele estivesse.
E o melhor? Como todo bom texto acadêmico, tem suas doses de humor e ironia. Ruiz cria analogias hilárias que nos fazem pensar em como a psicanálise poderia ter sido em um cenário de reality show, com Freud dando conselhos e Gramsci gritando do fundo da cela: "Vamos lá, pessoal! Libertem sua mente!"
Spoiler Alert: se você achava que o ápice do livro seria a união dos dois pensadores, é melhor ir em busca de outro lugar para alimentar suas esperanças. Ruiz não está aqui para dar o final feliz. O que se tem, na realidade, são críticas perspicazes que nos mostram que a mente humana é um verdadeiro labirinto, muito mais complicado do que qualquer prisão.
Em suma, Freud no "divã" do Cárcere é uma reflexão psicanalítica recheada de filosofia, crítica social e, de quebra, uma pitada de humor, tudo isso enquanto exploramos a conexão entre a psique humana e os ambientes que moldam nosso ser. Não deixe de conferir essa mistura inusitada que promete deixar até os psicanalistas mais céticos balançando a cabeça em aprovação - ou seria em dúvida? A escolha é sua!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.