Resumo de E So Eram Verdade Os Que Partiram, de Leonor Xavier

Mergulhe na obra de Leonor Xavier, onde memórias e risadas se entrelaçam. Uma reflexão sobre quem parte e os laços que permanecem.

Prepare-se para mergulhar em uma obra que é quase um reencontro com os bons e velhos tempos, ou, como eu gosto de chamar, um "flashback literário" da vida de quem já viu muitas chuvas e trovoadas passarem. Em E So Eram Verdade Os Que Partiram, Leonor Xavier nos apresenta uma narrativa que flerta com a saudade, refletindo sobre pessoas que partiram e as memórias que deixaram.

A trama gira em torno de memórias e ausências, onde somos levados a refletir sobre a fragilidade da vida e o que realmente fica após a partida de alguém. A autora usa uma linguagem que pode ser tão delicada quanto um suspiro de nostalgia, mas que também provoca risadas involuntárias, com personagens que têm suas vidas entrelaçadas de formas absurdas e hilárias.

No início, somos apresentados à ideia de que a vida é uma grande sala de espera, onde todos estão a espera de algo - ou de alguém - que nunca chega. Os protagonistas aqui são como passageiros de um ônibus que, em vez de chegar ao destino, acaba fazendo um tour pela cidade das memórias, com paradas em pontos como a infância, amores perdidos e, claro, os inevitáveis encontros com ex-colegas de escola que já não se parecem com nada do que eram. Spoiler alert: você vai se perguntar se é realmente possível esquecer aqueles que partiram, ou se o lembrá-los na verdade é uma maneira de mantê-los vivos.

Entre conversas que lembram aqueles papos de bar, e com uma boa dose de ironia, Leonor nos faz questionar o que é verdadeiramente real na vida. Afinal, as histórias que contamos sobre os que partiram são sempre mais bonitas do que a realidade que vivemos? O livro provoca reflexões sobre como a gente reinventa o passado, transformando a dor da falta em risadas e lembranças que deixam um gosto agridoce.

Outro ponto interessante são as relações que vão se desdobrando entre os personagens. É como se cada um tivesse seu próprio jeito de lidar com essas partidas. Tem os que se afundam no trabalho, os que se jogam de cabeça em novos relacionamentos (porque, se não der uma chance ao amor, quem dará?) e aqueles que viram artistas da procrastinação, fofocando e relembrando dos velhos tempos.

No coração da narrativa, encontra-se a ideia de que o passado não é um fardo, mas uma forma de continuar, de seguir em frente e, por que não?, dar boas risadas do que já foi. A vida, assim como o livro, é uma combinação de melancolia e humor, e é justamente isso que Leonor Xavier captura com maestria.

Quando você menos espera, a autora oferece uma pancada de realidade com as suas reflexões sobre os que partiram, como se estivesse te dando um tapa na cara, mas, de um jeito carinhoso, claro. E, se você ainda não pegou a dica, vem aqui outro spoiler: se você está à espera de uma história com um final feliz, talvez você precise redefinir o que significa "feliz".

Então, preparando-se para dar boas risadas e soluços de saudade, E So Eram Verdade Os Que Partiram é a leitura perfeita para os que acreditam que cada despedida é apenas uma nova forma de se lembrar. E quem sabe, no meio dessas lembranças, você não acaba fazendo a sua própria festa de reencontros (mesmo que só na sua cabeça)? Afinal, na vida, as verdadeiras histórias são aquelas que levamos no coração, e os que partiram continuam, de alguma forma, sempre por perto.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.