Resumo de A era do Grande Encarceramento: Tortura e Superlotação Prisional no Rio de Janeiro, de Taiguara Libano Soares e Souza
Explore a sombria realidade do sistema prisional no Rio de Janeiro em 'A era do Grande Encarceramento', de Taiguara Soares. Uma leitura impactante e reflexiva.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você está esperando encontrar um relato amoroso sobre o sistema prisional carioca, pode se preparar para o contrário, porque A era do Grande Encarceramento é a versão mais sombria da história que você vai ler. O autor, Taiguara Libano Soares e Souza, apresenta uma análise crua da realidade das prisões no Rio de Janeiro, e vou te contar: não é um passeio no parque!
O livros começa contextualizando o que vem a ser a chamada superlotação prisional. Imagine um lugar já pequeno, tipo o apartamento do seu amigo que nunca limpa, mas com o dobro de pessoas - é mais ou menos isso que está rolando nas prisões. Souza argumenta que a superlotação não é só uma questão de espaço, mas também gera um ambiente propício à violência, tortura e desumanização dos detentos. Se há uma recita de fracasso aqui, definitivamente é a do Estado, que prefere trancar a sociedade no buraco de suas penitenciárias do que resolver os problemas sociais na base.
Em seguida, o autor detalha a tortura. Sim, você não leu errado. E não, também não é a cena de um filme de terror; é uma realidade brutal enfrentada por muitos encarcerados. O livro discute como práticas de tortura se tornaram uma norma em algumas instituições, com relatos que fariam qualquer um pensar duas vezes antes de assinar um contrato de locação, porque o que está rolando por lá é um verdadeiro horror. E, pasmem, uma parte da sociedade ainda acha que isso está tudo bem, porque - segundo eles - quem está preso merece!
Além disso, o autor faz um levantamento sobre os aspectos legais e sociopolíticos que alimentam essa máquina de encarceramento, apontando que o sistema penal se torna um verdadeiro labirinto sem saída. Vamos lá: a proposta de "combater o crime" acaba resultando em uma luta incessante para perpetuar a criminalização da pobreza. É aquele clássico jogo de gato e rato, onde, adivinha só, o povo é quem sempre perde.
Outro ponto bacana que o livro levanta é a questão da humanização. Ah, sim, porque a gente precisa lembrar que por trás das grades estão pessoas. O autor cutuca a ferida ao argumentar que, em vez de tratar o encarceramento como um fim, deveríamos pensar em um processo de reintegração social e recuperação do indivíduo, porque, convenhamos, só jogar a clave na prisão e esquecer deles não vai consertar a sociedade. Além do mais, todo mundo gosta de uma segunda chance, certo? Porém, esse ideal é um sonho distante no contexto da superlotação e da tortura.
Concluindo essa viagem pelas agruras do sistema prisional, podemos dizer que A era do Grande Encarceramento é um enterro das ilusões e um grito de alerta sobre a realidade do Rio de Janeiro. É uma leitura que não só informa, mas também provoca reflexão. E, se você estava pensando que as coisas andam bem nas prisões, pode ter certeza: na verdade, elas estão muito, mas muito longe disso!
Spoiler: não tem final feliz aqui!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.