Resumo de Haikai: Antologia e História, de Paulo Franchetti
Explore a essência do haikai com Paulo Franchetti. Entenda sua história, estrutura e como a poesia captura a beleza da transitoriedade da vida.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que a palavra "haikai" se referia apenas àquele seu amigo que não consegue parar de tirar fotos de flores no Instagram, chegou a hora de esclarecer os fatos. Haikai: Antologia e História, escrito por Paulo Franchetti, é uma verdadeira ode à forma poética que encantou e confunde muitos. Prepare-se para mergulhar nos versos curtos e profundos que representam a essência da beleza, da efemeridade e do absurdo da vida.
A obra começa com uma introdução à história do haikai, uma forma poética originária do Japão. Franchetti nos leva de volta ao século XVII, onde maestros como Matsuo Basho e seus contemporâneos labutavam para criar essa forma de poesia que, apesar de simples, é capaz de despertar sentimentos complexos. O autor não deixa passar batido os detalhes sobre a estrutura, geralmente composta por três versos com 5, 7 e 5 sílabas, enquanto faz uma crítica sutil àqueles que acham que podem escrever haikais apenas em 10 minutos, após tomar um café.
Franchetti também aborda o conceito de "mono no aware", que traduziríamos para algo como "a beleza da transitoriedade". Ou seja, a ideia de que tudo é passageiro e, portanto, digno de uma reflexão profunda... ou de uma selfie, depende do ângulo. O livro traz como pano de fundo a ideia de que cada estação tem suas peculiaridades e belezas, e se você não notar isso, meu amigo, você pode estar muito ocupado demais rolando seu feed.
Em seguida, somos apresentados a uma antologia dos melhores haikais. Aqui, o autor faz o trabalho de curadoria, juntando os melhores escritos de diversos autores e apresentando-os com carinho. É como se Franchetti fosse o DJ da poesia, misturando os clássicos com algumas batidinhas contemporâneas, tudo isso enquanto nos faz rir da nossa própria insignificância diante da vastidão do universo.
E, claro, em um dos capítulos mais divertidos, Franchetti não hesita em desmistificar a ideia de que o haikai é uma arte apenas para os eruditos. Ele sugere que qualquer um pode escrever haikais; basta ter um pouco de observação e, talvez, uma bêbada em um bar, para inspirar versos geniais como "cachorro corre / atrás da bola amarela / e da vida também". É a pura verdade!
Por fim, a obra encerra com uma reflexão sobre como o haikai se espalhou pelo mundo ocidental e se misturou a outras tradições poéticas. É um verdadeiro caldeirão cultural, em que a forma poética japonesa encontra a sensibilidade brasileira - sim, porque quem não gosta de um feriado prolongado para sentar e escrever um poema sobre o que a vida tem de mais bonito, ou, como se diz por aqui, "fazer uma graçola"?
No geral, Haikai: Antologia e História esbanja sabedoria enquanto despeja humor e boas doses de ironia. Ah, e se você chegou até aqui e ainda não leu o livro, sugerimos que o faça... antes que a vida passe batido e você descubra que perdeu a chance de entender que cada dia é um haikai a ser escrito!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.