Resumo de Orações: Catilinárias: I - II - III - IV, Ao Povo Romano, Filípicas: I - II, de Cícero
Mergulhe na retórica de Cícero com nosso resumo das Catilinárias e Filípicas, onde a política se transforma em drama e ironia sem igual.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensa que os discursos políticos de hoje são intensos, espere até conhecer Cícero, o mestre da oratória do Império Romano! Neste sumário de Orações: Catilinárias e Filípicas, não só vamos nos divertir com retóricas afiadas, mas também aprender que a política é um jogo que sempre teve muito mais emoção do que qualquer novela da Globo.
Começamos com as Catilinárias, uma série de quatro discursos que Cícero proferiu em 63 a.C. contra o conspirador Lúcio Sérgio Catilina. Para quem não está familiarizado, Catilina-era o tipo de cara que gostaria de tomar o poder das mãos do Senado e dar uma sacudida na república. É claro que Cícero, que era um dos Cônsules na época, não estava a fim de permitir essa bagunça. Em suas orações, Cícero usa uma combinação de argumentos lógicos, apelos emocionais e uma dose generosa de ironia para deixar claro que Catilina não passava de um vilão em busca de um plano maluco.
Na primeira Catilinária, Cícero praticamente dá uma aula sobre como fazer um discurso impactante. Ele começa chamando Catilina de covarde e adverte o povo romano sobre as intenções nefastas do conspirador. Imagina a cena: enquanto Cícero fala, o público está lá, segurando as pipocas e pensando: "E agora, quem está mais enrolado: ele ou o Catilina?"
Avançando pelos discursos de Cícero, vemos ele se tornar mais dramático com o passar do tempo. Nas Catilinárias II, III e IV, ele acumula evidências e, claro, mais sarcasmo, apontando a ineficácia e a desfaçatez de Catilina. Assim como um comentarista esportivo, Cícero rasga o verbo e transforma cada um de seus adversários em alvos fáceis.
E aí vem a parte das Filípicas, onde Cícero, em um acessório de coragem, decide atacar ninguém menos que Marco Antônio, um dos protagonistas da história romana na transição do Império. As Filípicas, portanto, são uma espécie de continuação onde Cícero se desliga do estilo mais cerimonioso e parte para a crítica raivosa. Ele não hesita em chamar Antônio de tirano, apontando para sua ambição desmedida e suas práticas políticas duvidosas. Cícero se transforma em uma espécie de justiceiro de toga, fazendo o papel de "o justiceiro do povo romano" e ameaçando a carreira política de Antônio como se estivesse jogando um jogo de cartas.
Como resultado dessa
tensão toda, Cícero acabou caindo em desgraça. Spoiler alert! Enquanto ele falava, as coisas não foram exatamente a seu favor e, claro, ele perdeu a vida mais tarde, mas não antes de deixar um legado que ainda hoje reverbera nas aulas de retórica e oratória.
No geral, as Orações: Catilinárias e Filípicas são uma viagem pela essência do debate político, cheia de emoção, ironia e drama. A importância dessa obra não se limita apenas à linguagem, mas também ao conceito de cidadania e ao poder da palavra. Se você está buscando uma leitura que lhe mostre que a política pode ser uma comédia bem ensaiada, ou um drama trágico, este é o livro que não pode faltar na sua estante. E lembre-se: o que você diz, ou como diz, pode fazer toda a diferença... ou um pouco de diferença, dependendo do público!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.