Resumo de O Homem que Ri, de Victor Hugo
Mergulhe na trágica e poética história de Gwynplaine, o 'homem que ri', e descubra como a vida pode ser uma comédia dramática de Victor Hugo.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que sua vida era complicada, é porque ainda não conheceu O Homem que Ri. Vamos falar de uma das obras-primas de Victor Hugo, onde o drama e a tragédia estão sempre à espreita, como aquele parente chato que aparece sem aviso.
A história se passa na Inglaterra, mas não a Inglaterra da rainha e da tarde do chá. É mais uma Inglaterra sombria, cheia de miséria e pobreza. E, já que estamos falando de miséria, nosso protagonista, Gwynplaine, nasce com uma deficiência facial que o faz parecer que está sempre rindo. Isso mesmo! Ele saiu da barriga da mamãe com essa expressão de quem acabou de ouvir a melhor piada do mundo, mas que, na verdade, é um motivo de bullying desde o berço.
Logo, Gwynplaine é deixado em uma clareira, como se fosse a última fatia de pizza que ninguém quer. Ele é resgatado por um grupo de ciganos e se torna a atração principal de um circo, onde seu "sorriso" o transforma em uma espécie de celebridade. Para todos, ele é o "homem que ri", mas, na verdade, a história de sua vida é um grande drama que faria até Shakespeare questionar suas decisões de carreira.
Agora, você pode pensar: "O que pode dar errado com um cara que aparentemente só sabe sorrir?" Bem, o enredo dá uma guinada ao apresentar Dea, uma menina cega por quem Gwynplaine se apaixona. Enquanto ele se apresenta no circo, sonha em um dia confessar seu amor a ela. O problema? Dea acredita que ele é, de fato, o homem mais bonito do mundo, e ter que quebrar esse sonho romântico parece uma tarefa tão difícil quanto explicar para a sogra por que você não pode ir ao jantar de família.
E como se as coisas não pudessem ficar mais tortas, o autor nos apresenta o vilão da história, Boche, que tem suas próprias intenções sombrias. Ele quer se vingar de Gwynplaine e recuperar um tesouro que, adivinha, está ligado ao passado trágico do nosso herói. Sem spoilers, mas é tipo aqueles filmes onde descobrimos que todo mundo é primo de todo mundo, só que de uma forma bem mais dramática.
Eventualmente, o romance entre Gwynplaine e Dea passa por uma série de reviravoltas que deixaria qualquer fã de novela mexicana com inveja. O homem que só queria ser amado enfrenta dilemas existenciais e questões de identidade, enquanto também tenta descobrir quem realmente é. Spoiler: ele não é só a cara do riso.
A narrativa é recheada de passagens poéticas e reflexões profundas, já que Hugo não perde a chance de criticar a sociedade e as hipocrisias da época. Entre uma tortura e outra, ele nos faz pensar sobre a natureza do que é verdadeiramente belo e o conceito de felicidade.
E assim, ao fim da história, nos deparamos com a pergunta que ecoa: será que Gwynplaine encontrará seu lugar no mundo? Ou ele vai continuar a rir à beira do abismo? Para você que ficou curioso, sugiro ler o livro, porque o final é mais do que só uma risadinha - é uma verdadeira ladeira abaixo da tragédia!
Resumindo: O Homem que Ri é uma obra que mistura amor, tragédia e uma boa dose de crítica social, tudo isso sem perder a essência de que a vida é, muitas vezes, uma piada de mau gosto. Ou melhor, uma comédia dramática de Hugo!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.