Resumo de Cândido ou O Otimismo, de Voltaire
Mergulhe na crítica de Voltaire ao otimismo em 'Cândido ou O Otimismo'. Descubra como a vida de um jovem ingênuo se transforma em uma jornada repleta de lições.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Cândido ou O Otimismo! Um clássico da literatura que nos leva a perguntar: "Por que a vida não é um mar de rosas, mas sim um campo minado de espinhos?" Escrito por Voltaire, esse livro é uma crítica mordaz ao otimismo excessivo do filósofo Leibniz, que dizia que "tudo está bem no melhor dos mundos possíveis". Spoiler alert: Voltaire não concorda muito com essa ideia.
A história começa com Cândido, um jovem ingênuo que vive em um castelo luxuoso na Westfália, onde o melhor do melhor parece ser rotina. Ele é educado por Pangloss, um filósofo otimista que acredita que tudo acontece por uma razão divina e que a vida é simplesmente perfeita. Vamos colocar os pés no chão: ser otimista é bom, mas ir tão longe ao ponto de achar que a guerra, a pobreza e a doença são "apenas experiências necessárias" é um pouquinho demais, né?
Então, em um belo dia, a vida de Cândido muda radicalmente quando ele dá um beijo na Cunégonde (só um beijinho, mas tá bom). Isso resulta em uma série de eventos catástroficos que incluem a expulsão de Cândido do castelo, uma invasão de bandidos, e, claro, muitas, muitas desgraças. O nosso herói começa uma jornada pelo mundo que mais parece uma sessão de stand-up onde a piada é sempre: "você acha que viu coisa ruim? Espere só um pouco".
E o que acontece? Cândido embarca em várias aventuras, sobrevive a guerras, se depara com a Inquisição, conhece um orador que vive em desgraça e outros personagens que parecem ter saído de uma novela mexicana, só que mais trágica. Como diria minha avó, é "tanta coisa que uma cena só não dá conta". E, para apimentar essa sopa de desgraças, Cândido ainda encontra várias versões da já citada Cunégonde, que vai e volta na sua vida como se estivesse em um reality show.
No meio dessas peripécias, Cândido começa a questionar o otimismo do Pangloss. Afinal, quanto mais ele tenta entender o mundo, mais ele descobre que a vida é uma mistura de comédia e tragédia, de risadas e lágrimas - e, muitas vezes, lágrimas. A mensagem aqui é clara: quem muito espera, desilude-se mais.
Chegando ao clímax da história, Cândido finalmente se dá conta de que a vida não é sobre ser otimista ou pessimista, mas sobre agir e fazer a diferença, com suas próprias mãos. Ele não chega a um desfecho brilhante, mas afirma que "é necessário cultivar nosso jardim". E se isso não é uma bela metáfora para autoconhecimento e realismo, eu não sei o que é.
E assim termina a história de Cândido, com um gosto amargo, mas completamente realista sobre a condição humana. Pronto para dar aquela revisada na sua própria vida, não é mesmo? Afinal, entre um porre e outro, a gente aprende que, sem esforço, a vida só vai ser um eterno viagem de ida ao desespero.
Então, lembre-se: no melhor dos mundos, a realidade bate à porta, e nem sempre é bem-vinda. E se você ainda acredita que tudo vai ficar bem, pode dar uma olhadinha na vida do Cândido e rever suas convicções. Ou, pelo menos, comece a cultivar o seu jardim!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.