Resumo de Sobre o Sofrimento do Mundo & Outros Ensaios, de Arthur Schopenhauer

Explore a visão de Schopenhauer sobre a dor e a vida em 'Sobre o Sofrimento do Mundo'. Uma leitura que provoca reflexão e ironia sobre a existência.

Arthur Schopenhauer, esse filósofo que poderia ser o primo distante do famoso "mestre do pessimismo", brinda a gente com sua coletânea de textos em Sobre o Sofrimento do Mundo & Outros Ensaios. E sim, o nome do livro já te dá uma pista: aqui o clima não é de festa e sim de um soporífero debate sobre a vida, a dor e as mazelas do ser humano. Nessa obra, Schopenhauer se dedica a explicar por que a vida é basicamente uma grande sala de espera cheia de sofrimentos, e se você está confortável aí na sua poltrona, é melhor se preparar para um pouco de desconforto - ou seja, bem-vindo ao clube!

Nos primeiros ensaios, nosso amigo Schopenhauer não perde tempo e logo aborda o "sofrimento do mundo", como se estivesse convocando a todos nós para uma reunião chata sobre a vida. Ele começa a argumentar que o desejo é a raiz do mal, parecendo com o tio que sempre veio com a mesma piada em todos os encontros de família: quanto mais você quer, mais você sofre! A frase "na dúvida, não deseje" poderia ser um slogan de vida almejado por ele.

O filósofo também fala da vontade de viver, aquela vozinha interior que nos faz sair da cama todo dia mesmo quando preferiríamos passar o dia inteiro em um bueiro. Para ele, essa vontade não é nada mais do que uma entidade cruel, um motor incontrolável que nunca está satisfeito. Basicamente, viver é para os fortes, e nós, coitados, estamos apenas tentando sobreviver em meio a toda essa bagunça. Spoiler alert: viver não é divertido.

A coisa vai ficando mais intensa quando Schopenhauer examina a natureza humana. Ele critica a sociedade e suas aparências, como se estivesse montando um desfile de carnaval só para agredir a estética da felicidade. Ele desentoca ideias como egoísmo, ambição e a eterna competição entre os seres humanos, sugerindo que, na verdade, somos todos criaturas egoístas tentando nos camuflar sob peles de boas intenções. E, não se enganem, essa figura de pacifista que sonha com um mundo melhor? Ele não compra esse bilhete.

Depois da crítica social, o autor se lança em discussões sobre arte e estética. Para ele, a arte, especialmente a música (que ele amava como se fosse sua parceira de dança), é um meio de escapar da realidade insuportável. Então, vamos celebrar! A música poderia ser uma forma de anestesia, pelo menos enquanto durarem os acordes. Tchau, sofrimento! Mas, ele também adverte que a beleza da arte é efêmera, bem como o prazer, e logo logo estamos novamente encarando a dura realidade - e a fatura do cartão de crédito.

Por fim, a obra te apresenta a ideia de resignação, ou seja, a aceitação tranquila da dor. Para Schopenhauer, o melhor é colocar uma música melancólica e aceitar que a vida é um grande drama grego, cheio de tragédias. E que em vez de tentar mudar o mundo, talvez seja melhor pegar um balde de pipoca e assistir aos acontecimentos de longe, porque mudar a realidade é um trabalho de formiga e quem tem paciência para isso?

E, cá entre nós, você consegue imaginar um café da manhã mais divertido do que ler Sobre o Sofrimento do Mundo & Outros Ensaios? O que essa obra traz é uma perspectiva profunda e, ao mesmo tempo, tanto trágica quanto bastante irônica sobre a existência. Afinal, se a vida já está cheia de dores, ao menos possamos rir da situação, não é mesmo?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.