Resumo de Feira Das Sextas, de Oswald de Andrade
Mergulhe na crítica social de Oswald de Andrade em 'Feira das Sextas', onde a vida se revela em meio a risos e histórias absurdas da cultura brasileira.
domingo, 17 de novembro de 2024
No meio da efervescência das vanguardas modernistas e das batalhas literárias, surge Feira das Sextas, uma obra de Oswald de Andrade que, se você não sabia, também já fez parte da lista de livros que o seu professor te indicou, mas que você nunca leu. Prepare-se, porque essa feira é bem mais do que apenas um lugar de compras!
A história gira em torno da famosa feira que acontece toda sexta-feira na cidade de São Paulo. E não estamos falando de um simples mercadinho na esquina, mas de uma verdadeira micareta de vendedores e compradores, onde o folclore, a cultura nacional e a vivência urbana se entrelaçam em um só lugar. Andrade não decepciona e traz um caldeirão de personagens que refletem a diversidade e a contradição da sociedade brasileira na época.
E o que você vai encontrar por lá? Desde o vendedor de pastel que tem mais histórias do que o próprio Gil Gomes, até a mulher que acha que toda sexta-feira é dia de desfile, com roupas que desafiam qualquer senso de bom gosto. Oswald se torna o narrador que diz: "Vem comigo, povão, que a festa é garantida!"
No entanto, Feira das Sextas não é uma simples crônica sobre um dia no mercado. O autor usa esse cenário para criticar as estruturas sociais e provocar uma reflexão sobre a identidade brasileira. É como se ele pegasse um sarrafo e dissesse: "Olha, meu Brasil, a gente precisa conversar!" Em meio a isso tudo, ele insere uma forte dose de humor e ironia, porque quem disse que não dá para rir da própria tragédia?
Ao longo da narrativa, somos apresentados a pessoas reais e suas histórias, algumas tão absurdas que você vai se perguntar se elas não saíram de um programa de auditório da televisão. A linguagem é bem solta, quase como uma conversa de bar, e isso faz com que a leitura flua como uma cerveja bem gelada em um dia quente. Oswald traduz a simplicidade da fala do povo e nos faz sentir parte dessa feira maluca, onde o enredo vai se desenrolando como um novelo de linha que nunca acaba.
Um dos pontos mais chocantes é quando Andrade fala sobre a realidade do país em meio à alegria e ao caos: ao mesmo tempo que as pessoas fazem suas compras, suas vidas e anseios se desenrolam como um espetáculo de circo. E isso inclui os romances, os desentendimentos e as desilusões amorosas que não poupam nem as barracas de frutas. Afinal, nada como um amor não correspondido para apimentar o ambiente feira!
Spoiler à vista! Não espere um final "felizes para sempre": Feira das Sextas é uma representação do cotidiano, e como sabemos, a vida não é um conto de fadas. O autor termina nos deixando um gostinho de "quero mais", pois essa feira não acaba, e a vida continua com suas idiossincrasias e personagens que, com certeza, você encontrará na esquina da sua própria casa.
Em suma, Feira das Sextas é mais um dos trabalhos brilhantes de Oswald de Andrade que nos apresenta uma crítica a ponta de faca, entre risos e lágrimas. No final, a verdadeira festa está na vivência e na experiência humana, além de nos fazer questionar: "Eu seria só um freguês ou uma história a mais nesse rolo de fiado?"
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.