Resumo de A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe
Embarque em uma viagem hilariante com Lourenço em 'A Máquina de Fazer Espanhóis'. Uma crítica social envolta em comédia e reflexões profundas sobre envelhecer.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem hilariante e um tanto quanto inusitada, porque "A Máquina de Fazer Espanhóis", do talentoso Valter Hugo Mãe, é uma obra que mistura a comédia com a crítica social e um toque de surrealismo. Se você estava esperando um manual de como fazer tapas ou paella, sinto muito, mas este livro não vai entregar isso. Em vez disso, embarcaremos em um tour pela mente de um velho chamado Lourenço, que, com seus 80 anos e uma cabeça cheia de lembranças (boas e ruins), acaba se deparando com a dura realidade da vida em um lar de idosos.
Comecemos nossa jornada! Lourenço é um aposentado que, depois de perder a esposa - que, vale dizer, não é apenas uma perda da macarronada dominical, mas de uma parceira de vida - é forçado a mudar-se para um asilo, ou como alguns podem chamar, a "máquina de fazer espanhóis". O nome é, claro, uma ironia que nos leva a questionar o que estamos realmente fazendo com nossas vidas.
No asilo, Lourenço se depara com uma fauna e flora humanas singulares. Temos a Dona Fátima, que só fala de política e convida Lourenço a se unir ao seu "clube da Palavra", e um conjunto de velhinhos que mais parecem personagens saídos de uma sitcom retrô. A vida cotidiana nesse lugar é recheada de confusões, embates e risadas que você provavelmente não esperaria encontrar em um lar de idosos. É como se o "sorria, estamos na terceira idade" fosse a regra número um!
Enquanto ele tenta entender o porquê de estar preso ali, você percebe que Lourenço é, paradoxalmente, uma máquina de fazer reflexões profundas. Entre seus pensamentos sobre a vida, a morte e o que significa ser jovem e velho, ele nos provoca a pensar sobre a passagem do tempo. E aí bate aquele dilema: será que quando envelhecemos, perdemos a essência do que somos ou apenas moldamos uma nova versão de nós mesmos, mais experiente, mas talvez mais rabugenta?
Detalhe, não se esqueça de anotar os spoilers: ao longo do livro, somos bombardeados com os pensamentos filosóficos de Lourenço e suas angústias sobre ser um "espanhol", que, no contexto da história, é uma referência ao que ele vê como uma certa "perda de identidade" diante das mudanças sociais em seu país. E, sim, ele também fala sobre a história da Espanha, mas não espere uma aula de geografia. Aqui, as coisas são muito mais emocionantes!
Os diálogos são recheados de humor e desafios existenciais, e o autor brinca de forma deliciosa com as palavras, nos deixando em dúvida se devemos rir ou chorar. É a famosa pílula professoral camuflada de comédia. E sim, Lourenço descobre a importância de manter a amizade com os outros idosos, o que é, basicamente, uma ode à solidão compartilhada.
Ao longo da leitura, fica claro que não estamos apenas acompanhando a vida de Lourenço, mas sim participando de um grande sarau das questões humanas. Quando ele finalmente aceita seu novo lar e vai se adaptando às suas realidades, você percebe que a vida, assim como a academia, é muito mais sobre a jornada do que sobre o destino final.
Então prepare-se para delirar com as situações inesperadas que nossos queridos velhinhos arrumam, a literatura de Valter Hugo Mãe aqui é uma máquina única e curiosa, que promete fazer você rir, refletir e, quem sabe, até querer fazer parte de um "clube da Palavra". É isso, a vida é feita de encontros, desencontros e, claro, um tanto de risadas - mesmo que você seja um "Espanhol" assumido!
E lembre-se: enquanto você lê, pode muito bem se perder em uma reflexão que te faça tirar um cochilo em meio ao riso. Fantástico, não é?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.