Resumo de Estética da Arquitectura, de Roger Scruton
Explore a profundo olhar de Roger Scruton sobre a estética da arquitetura, questionando o que torna um edifício verdadeiramente belo e significativo.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você esperava que "Estética da Arquitectura" fosse um livro recheado de fotos de prédios bonitos e plantações de flores, sinto dizer que você se enganou. Roger Scruton decidiu se aprofundar na análise da estética por trás das construções, e desde já, podemos dizer que não vai ser uma leitura para quem tem pressa e um pouco de preguiça de pensar.
Scruton começa sua aventura explorando o que torna a arquitetura bonita ou, como ele prefere, "estética". Para ele, a arquitetura não é apenas um conjunto de paredes e telhados, mas uma manifestação das aspirações humanas e uma expressão de valores estéticos. E adivinha? O autor não está exatamente interessado em caquinhos de concreto que se autodenominam "arte moderna". Pelo contrário, ele apresenta uma defesa clara do clássico - e aqui ele pode ter feito alguns inimigos, já que os amantes do contemporâneo podem não se sentir lá muito confortáveis com suas opiniões.
A beleza, segundo Scruton, está intrinsecamente ligada a harmonia, proporção e a capacidade de um edifício de dialogar com seu entorno. E, sim, isso é mais filosofia do que você esperava (desculpe, não tem como fugir). Abra sua mente e deixe que ele te leve por questões que vão de "o que é beleza?" a "como as construções se relacionam com as pessoas que nelas vivem?".
Por aqui, ele também discorre sobre o impacto que a arquitetura tem na sociedade e, mais importante ainda, no ser humano. Uma construção não é só uma casinha bonitinha: ela inspira, conforta e, acredite, pode até transformar suas emoções. Para Scruton, o que faz um edifício ser uma verdadeira joia não é apenas a estética, mas o modo como ele se conecta com as sensações e a experiência dos que o habitam. Então, erros de planejamento que tornam um prédio claustrofóbico não têm espaço aqui.
E, sim, claro, ele também critica a arquitetura moderna, que, segundo ele, muitas vezes parece ter sido feita para distanciar as pessoas umas das outras, e não para acolhê-las. O autor parece acreditar que a modernidade poderia fazer um favor e sentar-se um pouco no banco da praça para observar o que já funcionou no passado.
Um dos pontos mais interessantes, e que quase faz você querer se inscrever em uma faculdade de Arquitetura só para entender tudo, é quando ele discute a importância da paisagem e do contexto. Conceitos que fazem você pensar "Ah, então uma casa não deve estar só em um terreno vazio, certo? Deve conversar com o que está ao redor!" - Eureka!
No final, este livro de Roger Scruton é um manifesto, uma defesa do que ele considera uma arquitetura humana e significativa. Se você estava à procura de flores e janelas brilhantes, talvez seja hora de elevar suas expectativas estéticas e mergulhar de cabeça nesta análise profunda. Aliás, spoiler: o autor definitivamente vai te fazer questionar se o seu apartamento está realmente à altura da grande arte!
Então, pegue sua xícara de café, acomode-se na sua poltrona mais confortável e prepare-se para um passeio pela arquitetura que vai além da superfície. E lembre-se: a beleza está nos olhos de quem vê, mas não custa nada ter um pouco de Scruton por perto para ampliar sua visão.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.