Resumo de Nós, de Ievguêni Zamiátin
Mergulhe na distopia de 'Nós', de Zamiátin, onde o 'eu' é abolido. Uma reflexão intensa sobre liberdade e identidade aguarda por você.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que o mundo moderno é complicado, experimente viver em uma sociedade onde a palavra "eu" foi completamente abolida! Essa é a proposta do ficcionista Ievguêni Zamiátin em sua obra Nós. Publicado em 1920, o livro se passa em um futuro distópico que parece se inspirar em uma combinação de Matrix com O Mágico de Oz - só que sem munchkins, claro.
Neste universo, todas as pessoas são apenas números. Sim, você leu certo! Se o seu sonho era ser alguém (ou algo), lamento informar que você precisa se contentar em ser conhecido como "D-503", o protagonista que é um tanto quanto entediante e obsessivamente racional. Aqui, o individualismo é considerado uma traição ao Estado, e D-503 é um engenheiro que se dedica a construir uma nave que levará a sociedade num futuro ainda mais controlado.
O enredo se desenrola em um dia a dia marcado pela opressão e pela uniformidade. Todos vivem em um espaço cristalino e transparente, onde a vida privada é um conceito tão obsoleto quanto um disco de vinil - ou seja, a privacidade realmente não existe. A rotina é controlada por um ser supremo, conhecido como o Benfeitor, e os cidadãos são o que podemos chamar de "happy slaves" (escravos felizes), fazendo listas de horários e ouvindo músicas que, convenhamos, não são nada populares.
Mas eis que D-503 conhece a misteriosa I-330, uma rebelde que adora desafiar o sistema e, de quebra, também o sensualiza num nível insano. Ela é como aquela colega de trabalho que sempre quebra o protocolo e leva você a festas clandestinas onde a dança é uma forma de revolução. Com I-330 do seu lado, D-503 começa a questionar tudo - suas crenças, seus valores, quem é ele além de um número? Spoilers à vista: a história vai descambando para um turbilhão de sentimentos que desafiam a lógica, e nossa estrela já não sabe mais diferenciar liberdade de prisão.
O romance entre D-503 e I-330 se desenrola como um tango entre paixão e conflito. A partir daí, D-503 passa a se ver dividido entre sua lealdade à sociedade e seu amor próprio (ou sua falta dele). As questões levantadas se tornam cada vez mais urgentes: até onde vai a manipulação do indivíduo por uma entidade maior? Você, meu caro leitor, está à vontade para decidir se fica preso na sua bolha ou se ousa se libertar e explorar as possibilidades do "eu".
Como todo bom contorcionista de ideias, Zamiátin faz a crítica ao totalitarismo de forma engenhosa, fazendo com que o leitor reflita sobre o que realmente significa ser livre em meio ao caos social. Portanto, se você está preparado para entrar em uma jornada cheia de reflexões sobre a liberdade e a identidade, leia Nós. Mas cuidado: as conclusões podem não ser as que você esperava! É bem possível que você saia perguntando a si mesmo: "Quem sou eu?" E aí, amigo, boa sorte em responder isso sem cair na armadilha de um número!
Prepare-se para uma leitura que, apesar de parecer matemática pura, está repleta de amor, traumas e uma pitada leve de surrealismo. E, se você sentir falta do "eu", lembre-se: é só um número!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.