Resumo de Evasivas Admiráveis- Como a psicologia subverte a moralidade, de Theodore Dalrymple

Mergulhe na crítica de Dalrymple sobre a moralidade contemporânea e descubra como a psicologia subverte nossas responsabilidades.

Se você está achando que "Evasivas Admiráveis" é só mais um livro de autoajuda com dicas para você ser um ser humano pleno, sinto informar que você está prestes a entrar numa montanha-russa filosófica com o psiquiatra e ensaísta Theodore Dalrymple. Se prepare para reflexões que vão fazer seu cérebro dar nó enquanto você tenta entender como a psicologia se mete onde não é chamada e, pasmem, subverte a moralidade!

Dalrymple começa a obra apresentando a ideia de que a moralidade, aquele conjunto de regras que a gente costuma seguir para não ser apedrejado em praça pública, está longínqua da realidade contemporânea. Ele argumenta, com uma dose de cinismo, que as pessoas têm uma habilidade incrível para dar aquela viradinha na história e se esquivar das responsabilidades, como se fosse uma evasiva admirável num jogo de dodgeball moral.

Ao longo do livro, vamos ver que esse desvio moral não é só uma questão de caráter, mas sim um reflexo de um sistema social que cria vítimas com letras maiúsculas. As pessoas, coitadas, não são mais responsáveis pelas suas ações, pois, segundo o autor, a culpa cabe ao sistema e à sociedade. Spoiler alert: a gente vai ver que a culpa é do "outro", mas será que essa não é uma forma astuta de evitar a responsabilidade pelo nosso próprio comportamento?

Dalrymple não dá espaço para passagens leves; ele vai desconstruindo a ideia de que a moralidade é um absoluto, questionando se existem valores morais que se sustentam no século XXI. O autor mergulha nos meandros da psicologia e da sociologia num tom irônico, mostrando que, se tem uma coisa que as pessoas adoram, é usar a psicologia como um escudo. No fundo, é como uma carta de "desculpas" que permite que elas façam o que bem entenderem sem se sentirem culpadas. Olha só a culpabilidade sendo subvertida!

Uma parte bem interessante é quando ele fala sobre as narrativas que inventamos para justificar nossos comportamentos. Quer um exemplo? Claro! Quando a pessoa "sai para beber" e logo depois se vê na situação de ter que limpar a própria imagem. É um festival de desculpas que, só quem tem o dom da evasiva, consegue elaborar. Assim, Dalrymple nos faz questionar: será que, em vez de tratar de forma prática um problema, a gente prefere ficar jogando o chapéu da culpa nos outros?

Agora, se você estava esperando um manual de moralidade, lamento, mas Dalrymple não é seu guru. Ele apresenta uma visão crítica que pode fazer você deixar de acreditar nas boas intenções da humanidade, e isso pode ser ensolarador ou depressivo, dependendo do seu ponto de vista. E what about a moral? Segundo o autor, ela é um conceito que, tal qual um camaleão, se adapta conforme o ambiente e as conveniências pessoais de quem está no comando!

Portanto, ao final da leitura, fica o convite para refletir: será que todos nós somos apenas personagens numa peça em que a moralidade virou uma comédia? E, por favor, não leve tudo ao pé da letra. A vida é cheia de nuances e, ao que parece, Dalrymple está aqui apenas para nos fazer rir e pensar, enquanto a moralidade continua sua dança.

Agora que você já sabe que a moralidade pode ser uma dança, cabe a você decidir se prefere ser o dançarino ou o espectador.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.