Resumo de As mulheres que ninguém vê: histórias de criminalização do aborto, de Hanna Oliveira
Explore as duras realidades abordadas por Hanna Oliveira em 'As mulheres que ninguém vê' e entenda a complexidade da criminalização do aborto.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que "As mulheres que ninguém vê: histórias de criminalização do aborto" é mais um livro qualquer sobre aborto, se prepare para descer do seu pedestal, porque a autora Hanna Oliveira não está aqui para brincadeiras. Ela traz à tona histórias de mulheres que, pasmem, seguem invisíveis em uma sociedade que prefere fingir que o problema não existe. Ah, a hipocrisia!
O livro se aprofunda em narrativas de mulheres que enfrentam a dura realidade da criminalização do aborto no Brasil. Sim, porque aqui é tudo muito bonito até que uma mulher decida que não quer levar adiante uma gravidez indesejada. A partir de então, surge uma série de complicações que vão desde olhares tortos, críticas à vergonha social e, claro, a saúde física e mental da mulher, que fica em segundo plano.
Olhe, para quem acha que isso não pode ser um assunto sério, é melhor se preparar, porque a autora apresenta dados alarmantes que mostram como essas histórias não são apenas ficção. Ela narra os dilemas enfrentados por diversas mulheres, que vão de situações financeiras complicadas, passando pela falta de suporte emocional e culminando em um sistema que julga, condena e muitas vezes, silencia. O que as pessoas não sabem (ou preferem não saber) é que as consequências disso vão muito além de um simples "não quero".
Outro ponto que Hanna aborda com maestria é o papel do Estado e da legislação nesse drama. Vamos fazer uma analogia: é como se o Estado fosse aquele amigo que pede para você realizar tarefas impossíveis enquanto está de férias no Caribe. Isso mesmo! Enquanto as mulheres são criminalizadas, as leis permanecem a todo vapor, como se fossem um espetáculo de mágica - tudo desaparece, menos a dor das mulheres.
Hanna também não esquece das histórias que atravessam essa narrativa. Cada caso é uma nova realidade, repleta de angústias, medos e preconceitos. São relatos que poderiam muito bem ser testemunhos em uma sala de terapia, mas que, em vez disso, se tornam gritos de socorro em um sistema que muitas vezes faz de conta que não escuta. E, em termos de empatia, a sociedade parece ter um grandíssimo bloqueio, como se fossem todas personagens de um reality show que preferem ver o drama alheio do que dedicar dois minutos para entender algo que pode acontecer com qualquer uma.
A autora ainda se aprofunda na questão da educação e nos mitos que cercam o aborto, desmontando a ideia de que é um procedimento simples ou que deve ser feito sem discussão. Longe disso! O que Hanna faz é trazer à luz uma discussão que merece - e precisa - ser feita: não são apenas "histórias". São vidas, escolhas e consequências que muitas vezes poderiam ser evitadas com informação e apoio.
Em suma, "As mulheres que ninguém vê: histórias de criminalização do aborto" é um verdadeiro tapa na cara de quem acredita que esse assunto pode ser tratado como um tema tabu. Se você ainda não se tocou disso, é bom refletir! A obra é uma chamada à ação e ao reconhecimento de que as experiências destas mulheres não podem, de forma alguma, ser ignoradas. Prepare-se para se emocionar, rir nervosamente e, quem sabe, até mudar a sua perspectiva sobre um assunto que muitas vezes se coloca debaixo do tapete.
E olha, se você esperava um final feliz, spoiler alert: a realidade é mais complexa. Portanto, quem disse que "felizes para sempre" é apenas uma questão de escolha, talvez precise dar uma olhadinha na vida real fora dos contos de fadas.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.