Resumo de Hijikata Tatsumi: Pensar um Corpo Esgotado, de Kuniichi Uno
Aprofunde-se na obra de Kuniichi Uno e descubra como Hijikata Tatsumi transformou dor e expressão em dança butô, desafiando a sociedade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você está à procura de um livro que mergulha de cabeça na complexa relação entre corpo e alma de um dos maiores nomes da dança butô, senta que lá vem história! O autor Kuniichi Uno nos apresenta Hijikata Tatsumi: Pensar um Corpo Esgotado, uma obra que poderia muito bem ser o diário de um filósofo que se questiona a cada movimento - ou um passo de dança que nunca acaba.
Hijikata Tatsumi foi o cofundador da dança butô, esse estilo que pode parecer um pesadelo de Halloween com suas coreografias sombrias, mas que, na verdade, é uma forma incrível de expressão corporal. E é exatamente isso que Uno explora em profundidade ao longo das 272 páginas - aliás, quem disse que uma obra sobre dança não poderia ser tão envolvente quanto um thriller?
O livro começa situando o leitor no contexto do pós-guerra japonês, uma época em que a busca por novas formas de expressão cultural fervilhava. Aqui, encontramos um corpo esgotado - sim, não é só uma metáfora. Hijikata usava seu próprio corpo como um terreno para explorar a dor, a memória e a experiência humana. E, pasme, ele não estava muito preocupado em fazer isso de forma bonita e delicada. Hijikata preferia a visceralidade de movimentos que refletissem as tensões e contradições da sociedade.
À medida que Uno desbrava a vida de Hijikata, ele nos apresenta suas influências: desde a literatura até a filosofia. Ah, e não se esqueça do impacto das experiências pessoais do dançarino que, como todo artista torturado, não tinha medo de se confrontar com o próprio eu - e o seu lado mais sombrio. O leitor acaba se perguntando: mas será que eu também poderia dançar dessa forma? Spoiler: provavelmente não. Mas a ideia de que a dança pode ser uma forma de terapia vai te fazer repensar a valsa que você aprendeu no baile de formatura.
Concentrando-se em seu trabalho e suas criações, Pensar um Corpo Esgotado expõe o método de criação de Hijikata e detalha suas expressões artísticas mais marcantes. As descrições são tão vívidas que você quase consegue sentir o peso da transposição corporal e a carga emocional que cada movimento carrega. Prepare-se para refletir sobre conceitos como a materialidade do corpo, a experiência do desgaste e a liberdade através da limitação.
Além disso, o livro não se escusa em discutir as críticas e os desafios que Hijikata enfrentou ao longo de sua trajetória. Ele pode ter sido reconhecido em vida, mas muitas vezes se viu à sombra de outros artistas, lutando contra as expectativas de uma sociedade que não entendia sua revolução estética. É nessa luta que encontramos a verdadeira essência do butô e da obra de Hijikata.
Ao final da leitura, você pode sentir que seu corpo está, de fato, esgotado - mas de uma maneira transformadora. Prepare-se para enxergar as danças ao seu redor de forma diferente, se é que não tiver uma explosão de vontade de sair balançando por aí! Mas lembre-se, ainda que você tente simular os movimentos mais dramáticos de Hijikata, é importante não se esquecer da própria saúde física. Afinal, o corpo pode ser um instrumento de expressão, mas é preciso cuidado para não entrar em colapso no processo.
Em resumo, Hijikata Tatsumi: Pensar um Corpo Esgotado não é apenas um estudo sobre um dançarino, mas uma reflexão intensa sobre o corpo, a arte e a humanidade. Você pode não sair dançando butô, mas certamente vai repensar o significado de ser um corpo numa sociedade que força a performance constante. Prepare-se para ser desafiado - e, quem sabe, inspirado.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.