Resumo de Três leituras: Machado, Drummond, Carpeaux, de Alfredo Bosi
Mergulhe nas análises de Alfredo Bosi em 'Três leituras', onde Machado, Drummond e Carpeaux duelam pela supremacia cultural. Um banquete literário!
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem literária digna de um safari na selva das letras com Alfredo Bosi no comando! Neste livro, Três leituras: Machado, Drummond, Carpeaux, nosso querido autor coloca três titãs da cultura brasileira em um ringue de boxe intelectual. Sim, é isso mesmo: imagine um debate onde Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e o escultor Victor Meireles Carpeaux disputam o título de "O Maior Gênio da Literatura e Arte".
Começando com Machado de Assis, o mestre do realismo brasileiro que mais parecia um detetive das complexidades humanas, Bosi desbrava a profundidade de suas obras que vão muito além dos romances, indo diretamente para a análise psicológica de seus personagens. O que podemos extrair de Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas é que Machado era um verdadeiro ninja na arte de revelar as hipocrisias da sociedade. Spoiler: não é só a Capitu que tem segredos; todos nós temos e Machado desmascara isso com um olhar que parece bisbilhotar as almas da gente.
Em seguida, a batalha se transfere para Drummond, o poeta que nos faz sentir como se estivéssemos colhendo pedras em um sapato. Bosi mostra como o "poeta da geração" (que definitivamente não gostava de perder uma oportunidade de criticar a sociedade) transforma a dádiva da dor em arte. Quem diria que quebrar a cara na vida daria tanto material poético? Entre as análises das suas mais icônicas obras, como "A Rosa do Povo" e "Sentimento do Mundo", o autor revela que Drummond não apenas fala sobre a solidão, mas faz dela uma companheira constante na jornada da vida. E sim, detalhe: a pedra finalmente se torna um símbolo da resistência em meio ao caos.
Por último, mas não menos importante, temos Carpeaux, que entra no ringue como um escultor que usava o mármore como se fosse massa de modelar. Alfredo Bosi mergulha nas nuances da obra de Carpeaux, destacando sua habilidade em dar vida ao inanimado e discutir o papel da arte na sociedade. O autor traz à tona como os detalhes das obras de Carpeaux são igualmente expressivos e cheios de crítica social, tal como os dois escritores que o antecedem. Um verdadeiro espetáculo de escultura que nos faz perguntar: será que a arte tem a mesma capacidade de comunicar verdades sobre o ser humano como a literatura?
No final das contas, Três leituras é um festim para os sentidos, onde Bosi faz uma colagem inteligente entre literatura e escultura. Ele nos coloca para pensar, rir e até se questionar sobre o que realmente somos. E como um pregador numa feira literária, ele te provoca: "E aí, tem coragem de gostar mais de um do que do outro?" Porque, convenhamos, alguém sempre vai sair com a coroa, mas o principal é que a cultura brasileira ganha muito com esse embate. E, se formos cruéis, podemos até provocá-los para um reencontro, não é mesmo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.