Resumo de Parnasianismo - Coleção Clássicos da Literatura Brasileira, de O. Bilac
Entenda o Parnasianismo com O. Bilac e descubra como a beleza da poesia se alia à técnica rigorosa. Uma reflexão sobre arte pela arte.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre quis entender o Parnasianismo, mas achou que apenas um poeta com um nome esquisito e um bigodão ficaria convencido de que a maior beleza da literatura ia muito além da subjetividade, este resumo é para você! E, acredite, O. Bilac tem muito a ensinar, apesar de não ter sido o cara mais sociável do rolê literário.
Primeiro, vamos ao básico: Parnasianismo! Esse movimento, que se destacou entre 1880 e 1910, surgiu como uma tentativa de se opor ao sentimentalismo exagerado do Romantismo. Ou seja, enquanto os românticos enchiam os poemas de amor e lágrimas (alô, Casimiro de Abreu!), os parnasianos decidiram que era hora de dar uma refrescada em suas rimas e metrificações. Eles saíram por aí pregando a "arte pela arte" e a busca pela forma perfeita. Pense neles como os metódicos do mundo poético, que chegam na balada com um terno impecável enquanto os românticos estão de camiseta e havaianas.
O. Bilac, que você conhece como o "O Poeta da Língua Portuguesa", foi um dos grandes nomes desse movimento e, se tivesse um troféu de filólogo, ele com certeza ganharia. Ele acreditava que a perfeição estética e o rigor técnico eram essenciais. Então, a primeira coisa que você deve saber: não espere por sentimentos avassaladores nos poemas parnasianos. É mais sobre a precisão das palavras e o poder da língua do que sobre o coração partido.
Entre os princípios do Parnasianismo, destacamos alguns como a musicalidade, a busca pela forma perfeita, o uso de temas clássicos e a Observação detalhada da realidade. A natureza, a mitologia, e a beleza da arte são temas recorrentes nas obras deste movimento. Os parnasianos adoravam um soneto, e não hesitavam em explorar sonoridades de maneira quase obsessiva. É quase como se eles quisessem que você se sentisse em uma sala de concertos a cada verso!
Bilac também era introspectivo, e em suas obras, ele refletia sobre a "arte pela arte", ou seja, a ideia de que a literatura não precisa ter um propósito moral ou social. Para ele, a arte era uma forma de expressão autônoma, pronta para brilhar por si mesma, sem precisar de desculpas.
Agora, é claro que algumas figuras do Parnasianismo não podiam escapar de polêmicas, e o próprio Bilac não deixou de ser criticado. Havia quem dissesse que seus poemas eram frios e distantes. Mas, a verdade é que ele estava mais preocupado com a forma do que com os sentimentos, e isso fez dele um dos grandes clássicos da literatura brasileira.
Ah, e se você chegou até aqui e está achando que isso tudo anula o sentimento, engano seu! Apesar de tudo isso, Bilac tem seus momentos poéticos cheios de beleza. O poeta poderia ser visto como aquele colega na escola que era mais estudioso, mas que quando resolvia se soltar, fazia todo mundo rir.
No fim, o Parnasianismo, com seus rimas e métricas, é um grande recado: a literatura pode ser um campo de batalha entre o coração e a razão, mas aqui quem manda é a razão - e, para O. Bilac, a beleza estava na forma perfeita de transmitir essa batalha. Spoiler: a forma perfeita não necessariamente envolve uma declaração de amor apaixonada, mas pode ser uma descrição elegante de uma flor. Vai entender, né?
Se você ainda não leu, fica a dica: explore os poemas de Bilac e descubra como a poesia pode ser técnica e, ao mesmo tempo, contemplativa. Prepare-se para descobrir que na vida literária, o belo e o ríspido caminham lado a lado, e às vezes estão na mesma estrofe!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.