Resumo de *Sexual: A sexualidade ampliada no sentido freudiano 2000-2006*, de Jean Laplanche
Mergulhe na revolução da sexualidade proposta por Jean Laplanche. Entenda como sua visão contemporânea desafia a psicanálise freudiana e provoca reflexões profundas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, o bom e velho Freud, aquele que sentou e escreveu um monte sobre sexo em diversas formas. Agora, vamos adicionar um tempero novo com Sexual: A sexualidade ampliada no sentido freudiano 2000-2006, de Jean Laplanche, o filósofo que achou que a crítica ao pai da psicanálise merecia uma atualização. Se Freud achava que a sexualidade era um campo de guerra para os instintos humanos, Laplanche entra com uma bandeira branca que tenta explicar tudo de um jeito que vai além das moedinhas de Freud.
Laplanche não está aqui pra fazer uma "despachante de Freud" a cada linha; ele quer ampliar o conceito de sexualidade do matriarcado freudiano (sim, será que foi matriarcado mesmo?) para incluir tudo que faz parte da experiência sexual humana. Desde as análises mais profundas das relações de poder até o modo como a cultura influencia a nossa sexualidade, Laplanche gruda no tema e não solta! Para o autor, a sexualidade ampliada é a chave para entender como as interações humanas podem se tornar um verdadeiro labirinto de desejos e impulsos. E, claro, tudo isso com a perspectiva de que somos produtos de nossos tempos.
E, verdade seja dita, ele não faz isso de forma chata. Através de uma linguagem cheia de nuances e referências, Laplanche fala sobre a sexualidade e como ela é moldada por fatores externos, como a cultura, história e, claro, os dilemas internos. Ele discute a diferença entre a sexualidade "natural" e a "socializada", como se isso fosse simplesmente trocar o pano de prato por um avental de chef na cozinha da sexualidade humana.
A parte divertida é que, enquanto você lê, percebe que Laplanche está também dando uns tapas na cara do leitor, fazendo-o refletir sobre suas próprias convicções e tabus. Ele não se contém em desapegar do rígido dogmatismo freudiano e, ao mesmo tempo, busca incorporar novas visões sobre o que significa ser humano em um mundo que está onde?
Aprofundar-se nos conceitos de sexualidade ampliada também traz um novo olhar sobre o que é o desejo e como ele se manifesta. Laplanche se dedica a explorar como a sexualidade não é só um produto do nosso inconsciente, mas também um reflexo das interações sociais que nos cercam. Aqui, ele embrenha-se em tópicos que, na verdade, poderiam muito bem ser debatidos em um bar entre amigos, onde o propósito é descobrir a verdade nua e crua por trás das motivações sexuais dos seres humanos.
Agora, antes que você pense que tudo isso é uma injeção de palavras difíceis em um tema que já é complicado por si só, Laplanche tem um estilo leve e acessível. Ele não exige que você tenha feito um doutorado em psicanálise para entender sua perspectiva; basta algumas críticas sociais espirituosas e uma disposição para olhar para a própria sexualidade com uma lupa.
E, por último, se você está esperando grandes revelações ou lacunas importantes sendo preenchidas... ah, spoiler alert: Laplanche não oferece verdades absolutas. Na verdade, ele termina o livro mais como uma discussão de bar do que como um tratado científico, deixando claro que a sexualidade é uma grande incógnita, e você deve estar disposto a cruzar esse labirinto de incertezas com ele.
Pronto! Seja você um fã do bom e velho Freud ou alguém que quer dar uma espiada em como a sexualidade é interpretada de forma mais contemporânea, essa obra é uma leitura que vai te deixar pensando mais do que deveria - e talvez te faça reconsiderar o que você aprendeu nas aulas de psicologia sérias. Afinal, como diz o ditado, quem vive sem reflexões, vive sem paixão!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.