Resumo de Doença como metáfora / Aids e suas metáforas, de Susan Sontag
Mergulhe nas reflexões provocativas de Susan Sontag sobre como doenças são vistas na sociedade e o impacto das metáforas em nossa percepção da saúde.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Susan Sontag, a filósofa que não tem medo de meter o dedo na ferida! Em Doença como metáfora / Aids e suas metáforas, nossa autora se aventura por um território nebuloso onde a saúde e a sociedade se encontram.
Vamos lá! Sontag começa o livro abordando como, historicamente, as doenças foram usadas como metáforas. E aqui, spoiler alert: ela não acha que essa prática seja muito saudável! A ideia é que as pessoas lembrem que doença não é só um tema da novela das seis, mas parte da vida real. Ela critica como a tuberculose, por exemplo, foi romantizada como um "mau" que conferia um certo charme aos afetados. Era como se o paciente virasse um poético condenado, um "artista em estado terminal". Tipo isso: "Olha, estou com uma doença terminal, mas pelo menos sou mais interessante que você!"
Em seguida, ela vai de encontro à AIDS, que chega, não como uma metáfora, mas como um elefante na sala. Ao discutir a AIDS, Sontag aponta a histeria social e as várias metáforas que surgiram em torno dessa doença, comparando-a com uma espécie de rótulo - "se você tem AIDS, é porque algo de muito errado aconteceu na sua vida". Além disso, ela critica como as narrativas muitas vezes desumanizam o indivíduo, reduzindo-o a meros "portadores" de uma condição. Aqui, é spoiler free, porque não há final feliz: Sontag quer provocar reflexão, e não resolver a questão de como a sociedade lida com a doença.
Nesse sentido, ela reforça a ideia de que a linguagem influencia a percepção que temos sobre a saúde. O problema não é a doença em si, mas o medo e o estigma que a cercam. E, meus amigos, não é que isso ainda se aplica a várias doenças até hoje! #gritosdesesperados
Sontag também discute as relações entre o medo da doença e o medo da morte, nos presenteando com uma apresentação elegante do que é o verdadeiro tabu: o medo de ser rotulado, de ser marginalizado, de ser considerado um "outro". Isso faz a gente parar e pensar: será que estou vendo mais doenças do que pessoas?
E o que podemos levar dessa joia da literatura? Primeiramente, que doenças não têm essa frufru de ser metáforas da vida. Elas são reais, seus efeitos são insidiosos, e precisamos tratar quem as envia para o banco do réu. E, segundo, devemos tentar ver a humanidade por trás das condições. Afinal, cada um possui sua luta, e não devemos deixá-las reduzidas a rótulos ou metáforas simplistas. Sontag fez o favor de nos lembrar disso.
Em resumo, ao ler Doença como metáfora / Aids e suas metáforas, você não apenas vai se ver envolto em reflexões profundas, mas também perceberá que a forma como encaramos as doenças pode dizer muito sobre quem somos. Agora, se você ainda está pensando em criar uma metáfora para sua gripe, talvez seja melhor deixar isso pra lá e pensar como você pode ser mais humano ao lidar com os outros. Afinal, viver é complicado demais para ainda arranjar "enfeites". E por aí vamos!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.