Resumo de Um olhar a mais: Ver e ser visto na psicanálise, de Antonio Quinet
Aprofunde-se em 'Um olhar a mais' de Antonio Quinet e descubra como ver e ser visto molda nossas relações e nossa psique. Uma viagem pela psicanálise.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para mergulhar nas profundezas da mente humana com Um olhar a mais: Ver e ser visto na psicanálise, uma obra que não é só para quem curte uma boa divagação sobre a vida e o eu interior, mas também para aqueles que gostam de questionar se realmente estamos vendo ou apenas achando que estamos vendo (me entendeu?). O autor, Antonio Quinet, faz uma análise que envolve a psicanálise, a visão, e, claro, o olhar - aquele não só do Freud, mas o seu também.
Agora, vamos ao que realmente importa. O livro propõe um passeio pelas nuances do ver e ser visto, como se estivéssemos em um museu onde as obras de arte somos nós mesmos. Afinal, cada olhar pode revelar e ocultar, e Quinet explora essa dinâmica com a maestria de um artista com seu pincel e uma tela em branco. A primeira parte do livro se dedica a refletir sobre como a visão é um ato carregado de significados e como isso influencia nossas relações interpessoais. O olhar de um terapeuta, por exemplo, não é só um visto rápido, é quase um filtro: o terapeuta vê muito mais do que aparenta e, muitas vezes, vê aquilo que o paciente não consegue.
Spoiler: ao longo do texto, Quinet revela que, em uma sessão de terapia, os olhos estão sempre atentos. Ele aborda como a percepção visual se entrelaça com a percepção psicológica. Aqui, parecemos entrar em um filme de suspense psicológico em que cada detalhe importa: uma expressão, um gesto, até mesmo aquele instante de silêncio. Tudo é observado e analisado sob a lente da psicanálise.
Se você acha que a arte de ver é fácil, Quinet vai te convencer do contrário. A sua segunda parte se aprofunda na relação entre o terapeuta e o paciente, e é nessa parte onde a mágica acontece e nem tudo é o que parece. Ele nos lembra que muitas vezes estamos tão preocupados em sermos vistos que esquecemos de realmente ver o outro. E, como não poderia faltar, a questão do ego e do olhar do outro em relação ao nosso ser, que é uma bata de psicólogo na cara da sociedade.
Biologicamente, nossos olhos nos fazem "ver", mas Quinet nos provoca a refletir sobre o quanto nossa visão é filtrada pelo nosso passado, traumas e experiências. Ele nos apresenta a ideia de que, muitas vezes, o que vemos é uma projeção de nossas próprias inseguranças. É como olhar no espelho e não saber se a imagem é real ou uma versão editada de nós mesmos.
E se você chegou até aqui pensando que só vai sair com uma citação de Freud na cabeça, sinto informar que Um olhar a mais vai muito além disso. É uma verdadeira aula de ética, estética e a eterna dança entre ser internalizado ou apenas ser mais um "só um" no sistema social.
Finalizando, Um olhar a mais nos convida a desenvolver nossa capacidade de ver - não apenas ao nosso redor, mas para dentro de nós mesmos. Porque no final das contas, ver e ser visto não é só uma questão de olhos, é uma verdadeira relação de complexidade humana. E essa busca talvez mostre que, às vezes, o que precisamos não é apenas de um olhar, mas de um olhar à mais. Então, pegue seu divã e reflita, porque a psicanálise está batendo à sua porta!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.