Resumo de A Aliança Para o Progresso e o Governo João Goulart (1961-1964): Ajuda Econômica Norte-americana a Estados Brasileiros e a Desestabilização da Democracia no Brasil Pós-guerra, de Fel
Resumo de A Aliança Para o Progresso e o Governo João Goulart (1961-1964): Ajuda Econômica Norte-americana a Estados Brasileiros e a Desestabilização da Democracia no Brasil Pós-guerra, de Felipe Pereira Loureiro
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para mergulhar em um dos períodos mais tumultuados e intrigantes da história brasileira: a era de João Goulart, mais conhecido como Jango. O livro de Felipe Pereira Loureiro explora a Aliança Para o Progresso, um programa angelical concebido nos EUA que prometia ajudar o Brasil a se tornar um lugar melhor (ou pelo menos assim parecia). Mas, no fundo, o que aconteceu foi mais parecido com uma trama de novela que com uma história de sucesso.
Começando pelo básico, Jango estava no poder entre 1961 e 1964, numa época em que o Brasil estava tentando se equilibrar entre a modernização e a tradição, como se estivesse dançando um tango em cima de um fio de cabelo. A Aliança Para o Progresso, lançada por John F. Kennedy, tinha a intenção de gastar milhões (ou, como preferir, o equivalente a um caminhão de dinheiro) em países da América Latina, incluindo o Brasil, com a ideia de promover o desenvolvimento econômico e social. Tudo bonito no papel, certo? Acontece que a história não é tão simples.
Felipe analisa como, com essa ajuda financeira norte-americana, os estados brasileiros começaram a receber investimentos que, na teoria, eram pra fazer todos felizes e prósperos. Mas, como em todo bom programa de TV, logo surgem os vilões. As pressões políticas internas, somadas a interesses econômicos externos e, por que não?, a um tempero de desconfiança e paranoia, começam a desestabilizar a já combalida democracia brasileira. Spoiler: foi um verdadeiro "começo do fim".
Nesse contexto, temos a figura de Jango, um presidente que muitos (dentre eles ele mesmo) acreditavam ser um salvador da pátria, mas que acabaram classificando como um "bicho-papão" por suas tentativas de implementar reformas, como a agrária, que deixavam a elite com a pulga atrás da orelha. E não pense que a elite ficou de braços cruzados, não! Sua resistência foi feroz e se manifestou em protestos, greves e, claro, uma boa dose de conspirações (ainda dá pra sentir o cheirinho de fumaça por aqui).
O autor desvela também o papel dos EUA - sempre eles! - que, após perceberem que o projeto da Aliança estava se deteriorando, começaram a nutrir simpatias por ideias menos democráticas e mais militarizadas. Se não pode vencê-los, junte-se a eles, parece que foi a filosofia que se espalhou por lá. E, se você se pergunta como tudo isso acaba, prepare-se para a virada do enredo: o golpe militar de 1964, que foi como um encerramento abrupto de uma série que estava prometendo muito, mas de repente foi cancelada.
No final, o livro não só se aprofunda nas consequências da Aliança Para o Progresso na administração de João Goulart, mas também explica a contribuição dessa ajuda para a desestabilização da democracia no Brasil durante um período extremamente sensível da história. Você vai sair dessa leitura com mais informações do que precisa para uma conversa de bar sobre a política brasileira, e, quem sabe, até mesmo para impressionar (ou espantar) seus amigos.
Em resumo, essa obra é um convite para refletir sobre como as boquinhas internacionais podem se transformar em verdadeiras armadilhas para os governos locais e como a ajuda que parece ser um "mimo" pode ser, na verdade, um "cabo de guerra" que nos arrasta para um buraco. Portanto, prepare-se: você vai rir, vai chorar e, claro, vai ficar pensando nas reviravoltas que a política pode proporcionar.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.