Resumo de Preso na gaiola: a criminalização do funk carioca nas páginas do jornal do Brasil (1990-1999), de Juliana Bragança
Mergulhe na crítica de Juliana Bragança sobre a criminalização do funk carioca no Jornal do Brasil nos anos 90. Uma análise provocadora!
domingo, 17 de novembro de 2024
Preparem-se, amantes do conhecimento, porque vamos adentrar no fabuloso mundo onde a batida do funk carioca encontra a impressa e, claro, uma boa dose de controvérsia. Juliana Bragança, com seu olhar aguçado e caneta afiada, nos convida a desvendar as entranhas da criminalização do funk nas páginas do Jornal do Brasil durante a década de 90. Spoiler: essa história não é só sobre dançar e rebolar!
Logo de cara, a autora nos mostra que o funk, esse fenômeno cultural que todo mundo ama - e, por vezes, odeia -, foi alvo de uma feroz governamentalização e criminalização. Durante os anos em que Bragança analisa o jornal, as páginas estão repletas de matérias polêmicas, muitas vezes ultrapassadas, que tratavam o funk como sinônimo de violência, criminalidade e decadência moral. Ou seja, se você achava que o batidão era só diversão, a mídia estava lá para garantir que você pensasse duas vezes.
Bragança examina como a narrativa do jornal contribuiu para a construção de um estigma em torno do funk, esmiuçando artigos que utilizavam uma linguagem dramática e sensacionalista para descrever eventos relacionados ao gênero musical. O resultado? Uma sociedade que, por muito tempo, viu o funk como a gaiola da criminalidade, fechando os olhos para os aspectos positivos dessa cultura que tantas pessoas abraçam e amam.
Outro ponto importante discutido é o papel do discurso da classe média e como ele se entrelaçou com a cobertura midiática. A autora argumenta que a visão elitista da cultura ajudou a perpetuar preconceitos e reforçar a marginalização das comunidades que produzem e consomem funk. Isso mesmo, amigos! Enquanto as pessoas estavam lá, "de boa" ouvindo um batidão, a imprensa estava armando uma gaiola invisível para aprisionar a cultura. Que reviravolta!
Além de explorar essa relação entre funk e criminalidade, Bragança também traz à tona os ecos da resistência cultural. Muitas vozes, mesmo que abafadas pela narrativa dominante, se levantaram em defesa do funk, afirmando sua importância como forma de expressão e resistência. É o tipo de resistência que faz você levantar da cadeira e dançar, não importa onde esteja!
E, antes que eu esqueça, não podemos deixar de mencionar a abordagem crítica e analítica de Bragança. Ela não se limita a expor os problemas; ao longo do livro, a autora nos convida a refletir sobre as consequências de uma cobertura midiática que criminaliza e rotula. E aqui vai um recado: se você está esperando um final feliz com cada personagem do funk ganhando seu espaço e respeitinho, sinto informar que a realidade é bem mais complexa. Posição crítica é o que não falta!
Agora, se você pensou que o funk estaria "livre da gaiola" e aceito sem questionamentos na sociedade contemporânea, prepare-se para a desilusão. A história do funk, como analisada por Bragança, continua a reverberar e nos lembrar que as batalhas por representatividade e respeito cultural ainda precisam ser travadas.
Por fim, "Preso na gaiola" não é apenas um grito de socorro da cultura funk, mas também um chamado à ação para aqueles que desejam entender mais sobre as intersecções entre música, mídia e sociedade. E se você ainda não se convenceu a explorar essa obra, quem sabe um batidinho na sua playlist te inspire a ir atrás do conhecimento!
E aí, prontos para sair da gaiola e dançar essa leitura?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.