Resumo de Cloro, de Alexandre Vidal Porto
Explore a profundidade de 'Cloro', um romance de Alexandre Vidal Porto que mixa humor e tragédia na vida de Valter em busca de respostas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Cloro, essa obra que parece um mergulho profundo em águas turvas, onde a vida e a morte nadam lado a lado como amigos de longa data. O autor, Alexandre Vidal Porto, nos presenteia com um romance que flutua entre a leveza e a densidade, como um balão de gás hélio que, às vezes, se descontrola e vai parar em uma antiga linha de trem.
A história se desenrola por meio de Valter, um jornalista em crise existencial. Ele vive a dramática e entediante rotina de um trabalhador que, como muitos, se sente afogado na realidade. O que ele não sabe é que está prestes a mergulhar em uma trama cheia de segredos e mistérios que nem mesmo sua boa e velha máquina de escrever poderia captar.
Logo, encontramos Valter em um evento que todos nós já conhecemos: o velório do amigo. Para encarar a morte, ele faz o que qualquer um de nós faria - busca um copo de bebida e um pouco de companhia. A partir daí, as coisas começam a ficar estranhas. O protagonista se vê cercado por um elenco de personagens peculiares, que, como fumaça de cigarro, revelam pouco, mas causam grandes estragos na sua vida.
Entramos no mundo do Cloro e logo percebemos que a narrativa oscila entre o trágico e o cômico. Temos diálogos que se parecem mais com uma competição de humor ácido e encontros que mais parecem uma reunião de personagens excêntricos de uma peça de teatro. Ah, como não amar esses tipos que vão da alegria ao desespero em questão de minutos?
Uma parte importante da trama é a relação de Valter com a sua mãe, que é um verdadeiro case de "mãe é mãe". A relação é cheia de amor, desentendimentos e diálogos que nos fazem rir e chorar ao mesmo tempo. Quem não se identifica com a velha sabedoria de uma mãe que parece saber tudo, mesmo quando não sabe de nada?
Aqui, vale um aviso: se você não gosta de spoilers, talvez seja melhor parar por aqui. A verdade é que as revelações que ocorrem na vida do protagonista não são nada simples. Enquanto Valter tenta encontrar seu lugar no mundo, ele dá de cara com a verdade sobre si mesmo e suas relações.
Spoiler Alert! O ponto alto da história não é apenas a descoberta de Valter, mas a maneira como ele lida com estas verdades, que vão de um radicalismo de juventude a uma maturidade que, pasmem, ele nunca imaginou que alcançaria. O cloro, aqui, simboliza não só a busca por purificação e limpeza, mas também o veneno que nos faz refletir sobre o que estamos dispostos a fazer para ficar bem internamente.
O romance culmina em um final que é tanto satisfatório quanto surpreendente, fazendo o leitor questionar o que realmente significa "mergulhar". Vale a pena dizer que Cloro é um cata-vento que gira entre o caótico e o introspectivo, convidando o leitor a nadar junto com Valter em busca de respostas que, muitas vezes, podem não existir.
Portanto, prepare-se para essa jornada metafórica e bem-humorada que nos faz refletir sobre a vida, a morte e tudo que se passa entre um copo e outro em um bar qualquer. Em resumo, Cloro é como um coquetel - pode ser doce, amargo, e, às vezes, um pouco forte demais para alguns!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.