Resumo de Collecção de Inéditos Portugueses dos Séculos XIV e XV, de Fortunato de São Boaventura
Mergulhe na fascinante 'Collecção de Inéditos Portugueses dos Séculos XIV e XV' e descubra a rica cultura medieval em crônicas e poemas surpreendentes.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que a literatura do século XIV e XV se resume a novelas de amor e cavaleiros galantes, prepare-se para ser surpreendido pela "Collecção de Inéditos Portugueses dos Séculos XIV e XV", um título que mais parece um feitiço de Harry Potter para quem não conhece! Esse volume, meticulosamente organizado por Fortunato de São Boaventura, é uma verdadeira cápsula do tempo literária, trazendo à luz obras que provavelmente estavam em uma disputa acirrada por um lugar no fundo do baú da história.
A obra se constitui numa reunião de textos que foram, de alguma forma, esquecidos ou negligenciados ao longo dos séculos, como aquele seu amigo que sempre se esquece de te chamar para as festas. São crônicas, poemas, e traduções feitas por monges cistercienses, que, além de rezar, tiveram a audaciosa ideia de escrever e traduzir. Vale lembrar que, na Idade Média, a vida monástica era cheia de atividades, e escrever ou traduzir não era exatamente a forma mais divertida de passar o tempo, mas eles fizeram isso por amor à literatura e, claro, porque o tédio e a rotina dos mosteiros podem ser cruéis.
Neste volume 2, nos deparamos com uma seleção de textos que oferecem um vislumbre intrigante da cultura medieval portuguesa, onde os monges não estavam apenas ocupados com as suas orações, mas também tentando manter viva a chama do conhecimento. É como se eles tivessem decidido que, ao invés de uma partida de xadrez, poderiam investir em um projeto literário.
Você vai encontrar traduções de obras importantes de outras línguas, feitas com um toque bem pessoal e, quiçá, algumas pitadas de humor involuntário. Afinal, quem nunca traduziu um texto e acabou por inserir um pouco da própria narrativa na história? É risível imaginar os monges discutindo a melhor forma de traduzir um poema amoroso, enquanto o resto da galera lá fora estava achando que o amor era mais complicado do que entender a gramática.
E, claro, como todo bom livro medieval que se preze, há um grande senso de moralidade permeando as histórias. Os escritos não são apenas entretenimento, mas também formas de transmitir e reafirmar valores da época, o que pode deixar alguns leitores se perguntando se não seria melhor simplesmente inventar um reality show em vez de ter que aturar essas lições de moral.
Prepare-se para mergulhar em um mundo onde a literatura era sagrada (mesmo que as caligrafias fossem péssimas!). Ao final, depois de sobreviver a todas as intrigas dos monges e suas traduções, você provavelmente sairá com um conhecimento mais amplo sobre a identidade cultural portuguesa, ou pelo menos com a sensação de que a solidão no mosteiro, apesar de inspiradora, ainda não era a maior dor de cabeça da história.
Spoiler alert: não espere por reviravoltas emocionantes ou finais chocantes. O que você verá é uma experiência literária rica, que pode muito bem ser a antítese do que chamamos de ação hoje em dia. Então, respire fundo e prepare-se para um passeio na máquina do tempo literária!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.