Resumo de Rick and Morty e a Filosofia. No Princípio Era o Squanch, de Lester C. Abesamis e Wayne Yuen

Mergulhe na análise filosófica de Rick and Morty. Entenda questões de moralidade, identidade e as loucuras do multiverso com humor ácido.

Se você sempre achou que Rick and Morty era só uma animação maluca com viagens interdimensionais, lamas inteligentes e um avô bêbado que é uma verdadeira máquina de fazer ciência, pode se preparar para ter uma epifania! Rick and Morty e a Filosofia. No Princípio Era o Squanch é como se a série tivesse decidido passar um fim de semana na universidade só para discutir tudo que pode dar errado quando se tenta misturar questões filosóficas profundas com humor escatológico.

Os autores, Lester C. Abesamis e Wayne Yuen, nos levam a um passeio por diversos conceitos filosóficos através das loucuras do famoso avô e seu neto. O livro é um compêndio de ensaios que conecta os episódios da série com teorias que vão desde o existencialismo até o utilitarismo. É como se você estivesse tendo uma noite de poker com Kant, Nietzsche e, claro, o próprio Rick Sanchez - o que sem dúvida acabaria em um desastre.

Uma das ideias centrais do livro gira em torno da questão do multiverso. Rick, com sua arrogância característica, faz questão de nos lembrar que as consequências das escolhas são apenas um pequeno detalhe em um mar de infinitas opções. A vida dos personagens, portanto, é uma eterna dança entre alternativas e realidades paralelas - e, acredite, isso acaba virando um jogo de pega-pega cósmico que faria qualquer filósofo ter um ataque de nervos.

O livro também aborda a questão da moralidade, com Rick frequentemente agindo de maneira antiética em nome da "ciência". Aqui, surge a pergunta: será que o fim justifica os meios? A série, frequentemente, nos agride com suas soluções de vida e morte, desafiando as noções tradicionais de certo e errado. Em outras palavras, ao tentar compreender o que faz Rick ser quem ele é, o leitor é chamado a refletir se, no fundo, todos nós não somos um pouco mais como ele do que gostaríamos de admitir. Spoiler: a maioria de nós não tem um portal gun, mas o ego é um ótimo substituto.

Outra parte interessante do livro discute o conceito de identidade. Morpheus e o famoso dilema "o que é ser você" aparecem de uma forma que faria até o mais cético dos filósofos querer ligar a TV e maratonar a série. Os personagens mudam constantemente de aparência e moralidade conforme atravessam os universos, colocando em questão a própria noção de quem somos. No fundo, será que somos apenas ecos de experiências passadas? Ou será que cada nova versão de nós é um novo eu?

E, claro, não podemos esquecer das tentativas de Rick em escapar da solidão. O relacionamento dele com Morty é uma montanha-russa emocional que combina momentos de afeto genuíno e profundas desilusões. O livro argumenta que a conexão humana - mesmo nas relações mais disfuncionais - é uma parte essencial da condição humana. Isso nos lembra que, não importa quão desesperada seja uma situação intergaláctica, o amor, ou a falta dele, sempre terá um papel central.

Em suma, Rick and Morty e a Filosofia. No Princípio Era o Squanch não é apenas uma análise sobre o que faz essa série ser tão cativante e insana. É uma reflexão sobre a vida, o universo e tudo mais - e, quem diria, tudo isso acompanhado de uma pitada de humor ácido que deixaria até um filósofo existencialista rindo. Então, se você está preparado para rir, refletir e eventualmente questionar sua própria sanidade, não perca tempo e mergulhe nesta viagem filosófica que Rick e Morty nos proporcionam.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.