Resumo de Duas Praças, de Ricardo Lísias

Mergulhe nas reflexões urbanas de 'Duas Praças' de Ricardo Lísias. Uma leitura que desafia a simplicidade da vida moderna e a solidão na cidade.

Em Duas Praças, Ricardo Lísias nos apresenta um enredo que, embora possa parecer simples à primeira vista, é uma verdadeira caixa de pandora de reflexões sobre a vida urbana, a solidão e as relações contemporâneas. É como se o autor pegasse a realidade da cidade e a colocasse em uma espécie de liquidificador, batendo tudo até obter um smoothie de emoções, confusões e, claro, incertezas.

Logo de cara, somos apresentados às duas praças que dão título à obra. Essas praças, que poderiam ser vistas como meros espaços urbanos, se tornam personagens em si mesmas, servindo de cenário para a passagem dos diversos personagens que transitam por ali. Imagine um desfile de figuras solitárias, alegres, tristes, tudo isso sob a luz da cidade, que nunca dorme e sempre tem algo a dizer - mesmo que só em forma de barulho.

O protagonista, que pode ser você, seu vizinho ou aquele cara que sempre está sentado na praça, vive uma crise existencial digna de um meme. Ele tenta encontrar sentido na sua vida, enquanto dá voltas e mais voltas na cidade, sempre parando em alguma praça. O autor utiliza essa figura desgastada pela rotina, quase como uma sátira, para apresentar um panorama de como as relações e a vida em sociedade muitas vezes se tornam superficiais.

Durante a narrativa, Lísias se dedica a explorar esse tema da solidão em meio à multidão. Nossos personagens, entre encontros e desencontros, se deparam com a dificuldade de se conectar com o outro, o que leva a questionamentos sobre o que realmente é estar junto. É como se a cidade tivesse se tornado um grande Tinder, onde uma troca de olhares é tão rara quanto encontrar um Wi-Fi gratuito de qualidade.

Sem querer fazer spoilers (mas, quem não gosta um pouco de spoiler de vez em quando, não é?), a trama se desenrola em um movimento que vai e vem, assim como a própria vida nas praças, cheia de idas e vindas. Os diálogos são repletos de referências à cultura contemporânea, como uma conversa entre amigos que tenta resolver questões filosóficas enquanto tomam um café na esquina. É uma experiência quase terapêutica - ou seria só a cidade falando por nós?

E se você acha que vai sair dessa sem refletir, prepare-se! Lísias é um mestre em deixar o leitor com aquele gostinho de "o que foi que eu acabei de ler?". As duas praças nos mostram que, às vezes, o que se encontra nelas é tão volátil quanto a paciência de uma pessoa esperando o ônibus que nunca chega.

Em suma, Duas Praças é um convite à introspecção, à observação e, por que não, à discussão. Uma leitura que, de tão simples, pode fazer você se questionar sobre a complexidade da simplicidade em nosso dia a dia. Então, pegue seu café, sente-se numa praça e aproveite a viagem!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.