Resumo de A República, de Platão
Mergulhe nas discussões filosóficas de A República de Platão e descubra a receita para a cidade ideal e a verdadeira justiça.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se perguntou como criar a cidade perfeita e estava só esperando um grupo de filósofos para te ajudar, sente-se que você está prestes a se deliciar com as peripécias de A República, de Platão. Este diálogo que parece mais uma série de bate-papos entre amigos regados a vinho e reflexões filosóficas é, na verdade, a receita do que seria o estado ideal. E sim, não se preocupe, não vamos precisar de dois meses e uma dieta só de alface para chegar lá.
Platão começa com um questionamento clássico - ou seria um "platônico"? - sobre a justiça. E enquanto Sósicontês, Glauco e outros personagens da filosofia se revezam para dar opiniões, Platão nos leva a uma jornada que mais parece uma partida de xadrez, onde cada movimento é cuidadosamente analisado. Basicamente, eles discutem se a justiça é uma qualidade inata do ser humano ou se é só uma tentativa de evitar um bom e velho tapa na cara.
O filósofo vai além e nos apresenta a famosa alegoria da caverna. Aqui, a coisa fica mais emocionante! Imagine que um grupo de pessoas vive preso em uma caverna, só assistindo sombras dançando na parede. Eles acreditam que aquelas sombras são a "realidade". Aí você pensa: "Que vida trágica, né?". E, de fato, é. A alegoria ilustra como a maioria das pessoas vive sem ver a luz do conhecimento - ou seja, a essência das coisas. Espere um momento! Não, isso não é sobre os reality shows contemporâneos!
Avançando na leitura, Platão estabeleceu a ideia de que, para conseguir a cidade perfeita, é preciso ter três classes sociais: os governantes (os sábios que não querem governar), os guerreiros e os trabalhadores. Um verdadeiro esquema de "quem manda aqui?"! E o que acontece quando essas classes não se entendem? Bem, temos uma receita para o caos - e Platão não está falando de uma festa de aniversário descontrolada.
Entrando no quesito educação, Platão se transforma em coach e decide que os futuros governantes devem ser bem treinados. Ou seja, esqueça o meme "você pode ser o que quiser", é mais como "você precisa ser a pessoa mais inteligente do planeta e ainda saber usar espada e lanterna". A formação, segundo ele, deveria incluir música, ginástica e... filosofia! Porque, se você vai ser governante, não pode ficar só à base de comida rápida e Netflix.
E spoiler alert! No final desse debate todo, a cidade ideal se mostra ser um tanto utópica (isso é mais uma surpresa do que um spoiler, certo?). Platão argumenta que, no fundo, essa cidade perfeita poderá nunca ser alcançada - não que isso o tenha impedido de gastar páginas e mais páginas falando sobre ela.
Assim, A República é uma verdadeira obra prima do pensamento ocidental, cheia de ideias, discussões e um pequeno guia de como NÃO fazer política (ou como fazer, dependendo de quem você perguntar). Então, se algum dia você se pegar pensando que a solução para os problemas do mundo é "uma caverna onde todos nós só assistimos sombras", talvez você precise voltar a Platão e refletir um pouco mais.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.