Resumo de Por que não somos nietzscheanos, de Alain Boyer

Reflexões ousadas e irônicas sobre Nietzsche e a atualidade. Entenda por que suas ideias não são tão populares e descubra as armadilhas do pensamento fácil.

Se você já ficou pensando sobre a vida, o universo e tudo o mais, provavelmente já se deparou com a figura de Friedrich Nietzsche, o filósofo que parecia ter um talento especial para deixar todo mundo um pouco desconfortável. O livro Por que não somos nietzscheanos, do autor Alain Boyer, se propõe a explorar essa questão de forma intrigante e, claro, com uma dose generosa de ironia. Prepare-se para uma viagem filosófica que pode te levar a reflexões profundas ou apenas a uma boa risada!

Logo de cara, Boyer nos apresenta o dilema: por que a adesão às ideias de Nietzsche não é lá tão popular entre a galera moderna? O autor faz uma crítica incisiva ao que ele descreve como os "faladores de Nietzsche", ou seja, aqueles que adoram usar frases de impacto do filósofo, mas que, na prática, não o aplicam na vida real. Em outras palavras, é como se estivéssemos cercados por uma legião de "Nietzsche wannabes" que só se importam em passar uma imagem do que são.

Neste ensaio provocador, Boyer divide suas argumentações em seções que vão do "afinal, quem se importa?" até "ah, isso não faz sentido nenhum". Ele analisa o conceito do "super-homem" nietzscheano e pergunta: será que tem mesmo como ser "super" em um mundo tão cheio de problemas? Tente ser super-homem com a conta do cartão de crédito estourada e veja se ainda acredita no além-do-homem!

Boyer também dá uma "passadinha" na crítica à moralidade, afirmando que, no fundo, a busca por valores absolutos é uma tentativa de encontrar um senso na vida - algo bem diferente do "vá por sua conta e risco" que Nietzsche sugeria. E aqui nós começamos a entender que o autor está cantando uma ode ao bom e velho ceticismo, ao invés de se deixar levar por uma filosofia que, segundo ele, pode ser bem mais complicada do que aqueles aforismos inspiradores que estão em todas as redes sociais.

E, claro, não poderia faltar a crítica à visão de Nietzsche sobre a religião. Boyer se diverte (ou sofre?) ao analisar como o filósofo despedaça conceitos de fé e moral. O autor sugere que, ao final do dia, muitos de nós preferimos manter nossas crenças e um pouco de esperança, mesmo que isso signifique dar as costas para o que Nietzsche considerava uma ilusão.

Ah, e se você está se perguntando onde estão os spoilers aqui, calma! Este é um livro de não-ficção e, portanto, não há segredos a serem desvendados. O que temos ao longo do texto é uma complexa trama de ideias e provocações sobre a filosofia de Nietzsche, que Boyer, de maneira leve e cômica, vai descompactando.

Então, se você tem coragem de confrontar algumas verdades desconfortáveis sobre a vida que muitas vezes preferimos ignorar, dê uma chance a Por que não somos nietzscheanos. Esse livro pode não te fazer um expert em Nietzsche, mas certamente vai te deixar mais consciente das armadilhas do pensamento descomplicado e das vozes que ecoam na sua cabeça quando você tenta decidir o que fazer da vida! Prepare-se para rir, refletir e talvez até se sentir um pouco ofendido - mas, ei, a vida é assim mesmo, não é?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.