Resumo de Boris Godunov, de A. S. Púchkin

Mergulhe na trágica ascensão de Boris Godunov, escrita por Púchkin, e descubra como ambição e intrigas moldam o poder na Rússia do século XVI.

Ah, Boris Godunov! Essa é uma daquelas histórias que nos fazem pensar que a política e a realeza podem ser mais complicadas do que um episódio de reality show, só que com mais intrigas, menos glamour e um punhado de tragédias. Escrita pelo poeta e dramaturgo russo A. S. Púchkin, a obra nos leva a uma viagem fantástica por um período turbulento da história da Rússia.

O enredo gira em torno de Boris Godunov, que, olha só, se tornou czar por meio de manobras políticas dignas de um jogo de xadrez - e, se me perguntarem, era mais um jogo de "deixe os outros se matando enquanto você toma o trono". Boris, incentivado por uma ambição que nem a sua babá saberia explicar, assume o poder após a morte do czar Fiodor I, e logo encaramos sua ascensão ao poder meio como um "Você não devia estar aqui" da história russa.

E qual o primeiro ato de Boris? Além de tomar umas medidas de segurança a mais porque sabe que o trono é mais perigoso que pegar ônibus lotado? Ele não pensa duas vezes e começa a se preocupar com a legitimidade de seu governo. Para isso, ele coloca todo mundo pra correr e começa a se sentir meio que em um conto de fadas invertido.

No fundo de toda essa pompa e circunstância, temos a figura de Grigori Otrépiev, um impostor que afirma ser o príncipe Dmitri, o verdadeiro herdeiro ao trono, que muitos juram estar morto. E adivinha só? O homem tem uma habilidade extraordinária para coquetelar intrigas e tumultuar a vida de Boris, quase como se fosse o "mal da cabeça" que aparece do nada.Então, quando Grigori começa a ganhar apoio popular, a tensão na corte aumenta e Boris já nem sabe mais se vai mandar fazer um chá ou chamar a polícia.

A peça é repleta de conversas profundas sobre poder, culpa, e um certo toque de loucura. Boris fica cada vez mais perturbado, fazendo com que o leitor se pergunte se ele não poderia ter escolhido um hobby menos estressante, tipo jardinagem ou crochê. Afinal de contas, quem gosta de viver em um estado constante de paranoia? Ele se questiona se todo o seu sangue está realmente valendo a pena, ou se ele só está trocando uma prisão por outra.

Como não poderia deixar de ser, a narrativa nos leva por uma montanha-russa de emoções: do ccesso à depressão e loucura, com o czar esmorecendo pouco a pouco diante da sua própria culpa e insatisfação. E aqui vai um spoiler: a história não acaba bem para nosso querido Boris. É uma dessas tragédias que mostram que o poder pode ser uma armadilha mortal em que, muitas vezes, a única certeza é a incerteza da vida e da morte.

Portanto, se você estava achando que "Boris Godunov" seria uma leitura leve, como um livro de autoajuda sobre como fazer amigos e influenciar pessoas, pode tirar esse cavalinho da chuva. Púchkin, com sua prosa elegante, nos mostra que a vida na corte russa é tão conturbada quanto o último videoclipe do pop.

Em suma, prepare-se para um mergulho profundo e sem volta nas sombras e na política da Rússia do século XVI, que não só nos faz rir (porque se não for pra rir, pra que estamos aqui?) mas também reflete sobre as tragédias que cercam aqueles que anseiam pelo poder. Afinal de contas, o que poderia dar errado?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.