Resumo de O Corno de Si Mesmo, de Marques de Sade
Mergulhe na crítica bem-humorada de Sade sobre traição em 'O Corno de Si Mesmo'. Uma reflexão cômica e profunda sobre o amor e suas falhas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensou que viver em um mundo repleto de amor e romance seria uma maravilha, é melhor pegar um lencinho e se preparar, porque O Corno de Si Mesmo, de Marques de Sade, não é bem a história de um conto de fadas. Em uma obra que mais parece um passe para o clube dos horrores da relação amorosa, o autor francês não se contém e mergulha na desilusão e na depravação dos relacionamentos. E tudo isso em apenas 64 páginas, porque Sade é prático - se você vai ter um coração partido, que seja rápido!
A narrativa gira em torno de um sujeito chamado Vicomte, que está tão apaixonado que não consegue ver a esposa sendo um pouco mais "social" do que o normal. Com uma pitada de ironia, o Vicomte leva um chifre como um verdadeiro troféu, talvez um símbolo de um amor tão profundo que nem a traição é capaz de abalar. Ele descobre, de maneira nada sutil, que a sua adorada esposa não é exatamente uma freira em um convento. Ah, os escândalos do século XVIII!
Aqui, Sade não se faz de rogado e joga na cara do leitor questões sobre a moralidade, a hipocrisia da sociedade e, é claro, o quão fazer parte do clube dos cornos não é exatamente algo que se tira de letra. O Vicomte, preso em um turbilhão de ciúmes e inseguranças, acaba se tornando uma triste caricatura do homem traído, enquanto os leitores se perguntam: "Por que eu não estou sentado em um bar, tomando uma cerveja e ouvindo sobre isso de um amigo?" Mas, como diria Sade, o que não te mata te fortalece; e, nesse caso, o que não te corneia, te ensina!
A história avança como um trenzinho desgovernado. O Vicomte, em seu desespero, se vê mergulhado em reflexões sobre o amor e a traição, além de ter que lidar com os conselhos de amigos que vão desde o "macho alfa" até o "poeta romântico". Nada como uma boa dose de opiniões masculinas para apimentar a situação! No meio desse caldeirão de emoções, tudo que ele consegue é desandar em um mar de dúvidas e decepções, realizando que o amor não é só flores, mas também espinhos e, por que não, alguns chifres?
Em suma, O Corno de Si Mesmo traz uma crítica corrosiva e bem-humorada sobre a traição e a natureza falha do amor. Sade consegue transformar a história de um homem traído em uma refletiva e, claro, cômica, análise das relações humanas, colocando em cena nossos mais profundos e vergonhosos sentimentos. Cuidado, pois ao virar as páginas, você pode acabar descobrindo mais sobre você mesmo do que sobre o Vicomte! E sim, isso é um spoiler, mas quem se importa? Sade já nos ensinou que a vida é cheia de surpresas, e nem sempre são boas.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.