Resumo de Memorabilia: o lado espacial da memória (na esteira de Merleau-Ponty), de Luís António Umbelino

Mergulhe na filosofia de Umbelino e descubra como a memória é um espaço dinâmico que molda nossas experiências. Uma leitura transformadora sobre o eu.

Se você achava que memória era só guardar suas senhas e lembrar onde deixou as chaves do carro, pode esquecer esse conceito! Memorabilia: o lado espacial da memória é um verdadeiro mergulho nas profundezas da nossa cuca, guiado pelo habilidoso Luís António Umbelino. Prepare-se para uma viagem ao lado mais filosófico de Merleau-Ponty - sim, o cara que olhava para o mundo e dizia que tudo é interligado. E aqui, você pensava que filosofia era só para cafeterias chiques.

Umbelino começa nos levando pela mão (se você não tiver problema algum em encarar conceitos cabeludos, é claro). Ele nos apresenta a ideia de que a memória não é apenas um arquivo estático, mas um espaço dinâmico, onde as experiências se intercalam à percepção e se misturam aos nossos sentimentos. Ou seja, sua memória é como uma festa em que todo mundo se desconcentra e começa a dançar próximo ao bolo enquanto você só queria registrar o momento mágico com uma selfie.

E aqui temos os pilares do livro:

1. Espaço da Memória: Enquanto para alguns a memória pode ser vista como um simples armazém, Umbelino, com a ajuda de Merleau-Ponty, sugere que memória e espaço estão intimamente entrelaçados. A memória não é só o que você lembra, mas como você se sente em relação a essas lembranças. Pense nisso como a sensação de estar numa sala cheia de quadros: cada um te leva de volta a um momento, um cheiro, um som... ou até uma briga de família.

2. Experiência Sensorial: Ah, sim! Não adianta só lembrar, precisamos sentir! Por aqui, a experiência sensorial é fundamental. Umbelino fala sobre como as nossas percepções sensoriais moldam a forma como vemos o passado. Então, se você tem uma memória ligada a um cheiro de pão fresco, pode ter certeza de que essa lembrança vai despertar em você uma sensação bem mais aconchegante do que uma lembrança de, sei lá, limpeza de banheiro.

3. O corpo como lugar de memória: Tenha certeza de que seu corpo não é só um veículo para levar sua alma por aí. Nele, as memórias também se instalam e, pasme, é por meio dele que sentimos e nos conectamos ao espaço. Uau, você já se sentiu nostálgico ao cruzar a mesma rua em que passou a infância? Pois é! O autor vai muito além, pregando que nossas memórias estão entrelaçadas com o nosso envolvimento físico com o mundo.

O grande truque de Umbelino é que ele consegue transformar o assunto espinhoso da memória em uma narrativa intrigante e acessível. A obra não é só um amontoado de conceitos complexos como em muitos tratados filosóficos. Aqui, você vai se sentir mais como numa conversa de café do que em uma aula de filosofia de um professor com óculos grossos e voz monótona.

Claro, ao final do seu passeio por esta obra, você termina pensando em como todas essas reflexões se aplicam à sua vida, lembrando de momentos marcantes que você guardou com carinho ou talvez nem tanto. Preparado para reorganizar sua memória? Coloque as chaves no lugar e se acomode na poltrona, porque a montanha-russa da memória está prestes a começar - e ela é mais espacial do que você imaginava!

Se você ainda estava pensando que a memória era só algo para evitar esquecer a senha do Netflix, é melhor rever seus conceitos. Esta é uma leitura que promete não só expandir sua compreensão sobre a memória, mas sacudir seus pensamentos como uma verdadeira sessão de terapia. O que mais você poderia querer, né?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.