Resumo de As Fiandeiras Tramam Cores Que Doem Nos Olhos, de W. A. Da Silva
Mergulhe na narrativa poética e reflexiva de 'As Fiandeiras Tramam Cores Que Doem Nos Olhos' e descubra a beleza nas dores da existência humana.
domingo, 17 de novembro de 2024
"As Fiandeiras Tramam Cores Que Doem Nos Olhos" é uma obra que, apesar de ter um título que já gera uma leve vertigem, traz-nos uma narrativa que mistura poesia e prosa de maneira surpreendente, como se estivesse em um festival de artes plásticas, mas com as tintas jogadas numa competição de grafiteiros.
A história, em seu cerne, é uma reflexão sobre a existência humana, suas cores, dores e, por que não, os clichés da vida. O autor W. A. Da Silva faz questão de explorar nuances poéticas que muitas vezes ferem nossos olhos, não por causa do conteúdo, mas por como somos capazes de ignorar as questões mais simples e diretas da vida, deixando algumas cores de lado e focando apenas nas mais vigorosas, que em retórica são bem mais chamativas.
A narrativa não segue uma linha temporal linear. Aliás, se alguém esperava um conto com começo, meio e fim bem amarradinho, é bom se preparar para nadar em mares de metáforas e simbolismos. Os "fiandeiros" aqui representam as pessoas que, ao longo da trama, vão tecendo histórias, sentimentos e experiências - muitas vezes dolorosas - como se estivessem entrelaçando fios coloridos que fazem doer os olhos, tal como um arco-íris sob um tênis de crochê flúor.
Podemos imaginar essas fiandeiras como verdadeiros artistas da dor, que, em vez de ficarem lamentando as cores que não podem conquistar, preferem brincar com as que têm, jamais se importando se suas criações causarão estrago nos olhos alheios. E as cores? Ah, elas variam de acordo com as emoções dos personagens e as situações enfrentadas, desde os tons mais suaves de um sorriso forçado até as cores mais intensas de uma decepção amorosa.
A obra também traz questões sobre identidade e autoaceitação, transformando cada personagem em um fio de lã solto, que ainda não sabe onde se encaixar no grande mosaico da vida. Aqui o autor parece nos dizer que está tudo bem em não ter todas as respostas, contanto que, no meio dessa trama de desgraceiras, saibamos dançar com as nossas cores, mesmo que elas doam um pouco os olhos.
E em um clímax de tirar o fôlego (com spoilers no ar), fica a deixa de que, no final das contas, a escolha das cores que usamos para contar nossas histórias é inteiramente nossa. Cada um vai decidir que brilhante e vibrante cor adotar, ou se prefere se esconder atrás de algo mais neutro e, convenhamos, entediante.
Então, "As Fiandeiras Tramam Cores Que Doem Nos Olhos" é mais do que uma simples história. É um convite para olharmos para as cores com um olhar crítico, mas também leve, e perceber que, às vezes, a dor é apenas uma forma de iluminar as nuances mais profundas da vida. Se você não se desencorajou diante do título, entre nessa fiarada e não esqueça os óculos de sol!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.