Resumo de O Teatro de Sabbath, de Philip Roth
Mergulhe na vida provocadora de Mickey Sabbath em 'O Teatro de Sabbath', uma reflexão sobre amor, arte e a comédia da existência.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma imersão nas delícias e excessos da vida de Mickey Sabbath, um quase-ator pornô, ex-pai de família e provocador de plantão. Em O Teatro de Sabbath, Philip Roth nos apresenta um anti-herói que se acha a última bolacha do pacote (ou talvez a primeira, mas não vamos entrar em discussões de biscoito) e vive um verdadeiro circo de desilusões, desejos e reflexões sobre a velhice e a morte, entre outras delícias da vida.
A trama gira em torno de Sabbath e seu talento inato para a autodestruição. Ele é um sujeito que, se você não o conhece, pode facilmente ser classificado como um dos bons e velhos escandalosos de Nova York. Mickey, com seu humor afiado e provocativo, decide reviver uma série de memórias que incluem sua vida amorosa conturbada e sua relação com a arte, enquanto reflexiona sobre o que significa "viver". Ah, você já imaginou o que um ator de teatro decadente, que se acha um grandioso artista, poderia pensar? Pois bem, tudo e nada.
Logo nas primeiras páginas, Roth nos dá uma palhinha das neuroses de Sabbath que, apenas por ter próstata, já começa a se sentir o próprio avesso da masculinidade. Ele tem uma fixação pelo passado que faria qualquer psicólogo rir de nervoso. Não só isso, como ele também se considera um especialista em relações - exceto em sua própria vida, onde ele é um expert em deixar tudo no meio da bagunça (como quem tenta fazer um molho sem entender nada de cozinha).
A narrativa é repleta de flashbacks, revelando uma constante batalha entre o desejo de se conectar e a incapacidade de saborear os relacionamentos que vive. Ah, e falando em relacionamentos! Dottie, sua amante impetuosa, e Miriam, sua falecida esposa (sim, ele é o tipo de cara que se lamenta por uma ex-esposa em vez de aprender a valorizar a atual), jogam na roda um drama que beira o cômico e o trágico. A dinâmica entre os personagens é carregada de tensões, mal-entendidos e, claro, a sensação de que Sabbath está sempre a um passo de se jogar no abismo da loucura.
É spoiler? Talvez, mas não se preocupe, dado que a vida de Sabbath é um grande spoiler em si. Ele é a personificação da frase "a vida é um grande teatro, e nós todos, meros atores" - embora ele esteja mais preocupado em ser o protagonista do drama do que em qualquer outro papel. O que ele realmente quer? Simples: a polêmica, a fama, e quem sabe um pouco de amor. Porém, ele não percebe que, enquanto tenta manter tudo sob controle, a vida simplesmente decide jogar limões em sua cara.
E assim, com seus pensamentos delirantes e epifanias cômicas, Mickey nos leva por uma jornada que é tanto sobre a busca de sentido quanto sobre a comédia trágica, colocando em questão o que realmente significa envelhecer e lidar com as rusgas do passado. Roth constrói personagens multifacetados que revelam a complexidade da vida em cada diálogo fervilhante e reflexão intrigante.
Dito isso, O Teatro de Sabbath é como uma obra de arte exposta em um museu bizarro - você pode não entender tudo de primeira, mas sente uma mistura de estranheza, humor e uma pitada de identificação ao longo do percurso. Prepare-se para rir, chorar e, principalmente, questionar se você também não pode ser um pouco decadente assim, como nosso querido Sabbath!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.