Resumo de O Alienista, de Machado de Assis

Explore a crítica social e a reflexão sobre sanidade em 'O Alienista' de Machado de Assis. Uma sátira que desafia as convenções da mente humana.

Ah, O Alienista, essa maravilha que fez Machado de Assis sair do baú dos clássicos e na verdade já falar sobre a realidade do nosso país, sem nem mesmo precisar usar rede social! Lançado lá em 1882, esse conto é como se o autor se sentasse em um bar e resolvesse contar uma história sobre uma figura que, convenhamos, poderia muito bem ser um meme do Twitter.

Nosso protagonista, o Doutor Simão Bacamarte, é um médico com uma fixação por entender a mente humana. E quando falo em fixação, estou falando daquela mesma obsessão que muitos de nós temos por séries de mistério na Netflix. Ele decide construir um manicômio na cidade de Itaguaí, porque quem precisa de uma vida social saudável, não é? O plano de Bacamarte é simples: fechar todo mundo que apresenta qualquer tipo de comportamento "estranho". Isso inclui desde pessoas com ideias diferentes até aqueles que simplesmente não gostam do sabor da feijoada.

A narrativa se desenrola num clima de intensa reflexão sobre o que é a sanidade. Bacamarte, em meio a suas experiências e suas "soluções" para problemas que nem estavam tão presentes assim, começa a ter a leve impressão de que a verdadeira loucura pode estar em sua própria mente. Spoiler: o doutor se vê em uma situação onde ele próprio vai parar na "própria obra", ou seja, no manicômio que ele criou. Uma verdadeira reviravolta digna de qualquer enredo digno de Oscar!

A partir daí, o que vemos é uma série de deduções, questionamentos e, é claro, uma boa dose de ironia. O autor não se senta confortável apenas em criticar a forma como a sociedade lida com a saúde mental, mas também nos entrega um retrato do próprio ego humano - afinal, quem é o verdadeiro louco, se não aquele que se considera são em um mundo onde todos parecem estar pirando?

Nem é necessário dizer que os "pacientes" vão aparecendo aos montes e cada um mais excêntrico que o outro. Assim, observamos uma conexão entre as características que definem a sanidade e a loucura, levando o leitor a refletir se tudo não passa de uma convenção social. Uma crítica indireta à sociedade da época, mas que, pasmem, continua escandalosamente atual.

Ao final, quando o doutor Bacamarte percebe que "loucura" e "sanidade" são conceitos muito mais discutíveis do que pensava, fica a pergunta no ar: quem realmente precisa de um alienista? Mais uma vez, Machado nos surpreende e nos diverte ao mesmo tempo, provando que O Alienista não é apenas uma história de um homem em busca de entender a mente humana, mas uma sátira social que nunca sai de moda.

Em suma, se você gosta de histórias em que as linhas entre sanidade e loucura são desafiadas, prepare-se para dar boas risadas (ou reflexões profundas) com O Alienista. Porque, afinal, quem não é um pouco louco nesse mundão?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.