Resumo de Escolas, violências e educação física, de Mauricio Murad
Reflexões impactantes sobre educação física e violências nas escolas. Entenda como repensar a convivência e as práticas pedagógicas pode transformar o ambiente escolar.
domingo, 17 de novembro de 2024
Quando se pensa em educação física nas escolas, a primeira imagem que pode vir à mente é a do professor gritando "CORRE, SEUS LIXOS!" ou do aluno se gabando por ter marcado um gol, enquanto os outros se perguntam se foi realmente um gol ou apenas um milagre. Mas neste livro, Escolas, violências e educação física, de Mauricio Murad, a coisa é bem mais serrada e cheia de nuances do que se imagina.
Murad adentra o tema das violências no ambiente escolar, não só as que acontecem nas aulas de educação física, mas também o clima de tensão e agressividade que permeia as relações sociais dentro da escola. O autor analisa como o espaço escolar, que deveria ser um refúgio do conhecimento e da convivência pacífica, por muitas vezes se transforma em um campo de batalha. Em vez de aprender a driblar os problemas, muitos alunos acabam enfrentando isso na "raça", como diria o outro.
O livro apresenta uma série de experiências e dados que mostram que as violências vão muito além daquelas bem típicas, como brigas na quadra ou xingamentos. Elas podem incluir bullying, exclusão social e até pressões que os alunos sofrem por conta de estereótipos de gênero. E, claro, a educação física não escapa desse bolo, já que, vamos combinar, não é todo mundo que nasceu para ser o craque do time ou o rei da academia.
Murad também discute a forma como as práticas pedagógicas nas aulas de educação física muitas vezes reproduzem e até intensificam essas violências. O autor sugere que é necessário um repensar das metodologias e das relações que se estabelecem durante as atividades físicas. Afinal, se a aula de educação física se resume a medir quem corre mais rápido, quem se machuca menos ou quem consegue fazer flexão igual a um robô, estamos em apuros, meu amigo.
Entre as reflexões cômicas e profundas do autor, fica claro que a educação física poderia (e deveria) ser um espaço de aprendizado sobre cooperação, respeito e empatia. Murad empodera o professor a repensar seus métodos, jogando um balde de água fria nessa ideia de que o professor deve ser apenas um "tio mal-humorado" que assiste o show de horrores com seus alunos. No fim das contas, somos todos parte de uma equipe, mesmo que alguns insistam em ser a estrela e outros apenas o figurante.
E, se você estava pensando que a trama não tem spoiler, bem, aqui não tem, porque Escolas, violências e educação física é um convite ao conhecimento e à reflexão. Assim, prepare-se para uma jornada que poderá mudar a forma como você vê a educação e as relações nas escolas. Se você achava que o único golpe que existia na educação física era o do mestre de capoeira, é melhor revisar seus conceitos, porque a parada vai muito além disso.
Portanto, se você ainda não leu este livro, pode ir se preparando para questionar tudo aquilo que você achava que sabia sobre educação física e violência nas escolas. Confiemos que, ao sair do outro lado, você não apenas saberá mais, mas também terá uma visão mais crítica - e quem sabe menos agressiva - da relação entre nossos jovens e a tão temida educação física.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.