Resumo de A Primeira Guerra Mundial: Que acabaria com as guerras, de Margaret MacMillan
Entenda como a Primeira Guerra Mundial, segundo Margaret MacMillan, falhou em acabar com as guerras e nos deixou lições valiosas sobre a história.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que a frase "a guerra é uma solução" é um raciocínio de quem não sabe o que está fazendo, bem-vindo ao maravilhoso mundo da Primeira Guerra Mundial, que, como bem diz o título da obra de Margaret MacMillan, exatamente não resolveu nada e, se fosse um filme, seria recheado de cenas dramáticas, reviravoltas inesperadas e um orçamento que provavelmente teria falido qualquer estúdio de cinema.
Vamos começar do começo: a causadora de toda essa bagunça foi, pasmem, um assassinato! O arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, foi chutado para o espaço por um nacionalista sérvio em 1914. Pensa que ficou por isso mesmo? Não! O fato lançou o continente europeu numa espiral de alianças, traições e promessas quebradas tão dramáticas que nem a melhor novela das nove conseguiria igualar. E o resultado? Uma grande e gloriosa guerra que se arrastaria por quatro longos anos e deixaria milhões de mortos e um continente devastado.
MacMillan narra como essa guerra, que tinha tudo para acabar com qualquer guerra futura (irônico, não?), aconteceu de forma quase cômica no modo como os países se ditaram como aliados e inimigos. A Alemanha queria se destacar, enquanto a Grã-Bretanha estava mais preocupada em tomar o chá e evitar que a Alemanha se tornasse muito forte. Enquanto isso, a França e a Rússia estavam lá, como quem diz "a gente também quer participar da festança". E acreditem, a festança foi pouco pacífica.
A autora mergulha em detalhes sobre as batalhas insanas de Verdun e Somme, onde as tropas se lançavam umas contra as outras como se estivessem em um festival de horrores. A comunicação parecia ser feita via telegrama com atraso, porque a cada ataque, uma nova onda de perdas e derrotas. O que fazer? Continuar lutando, claro! Afinal, desistir era coisa de fraco.
E se você estava imaginando que a guerra era só um desfile de bravura, spoiler alert: a vida nas trincheiras não era nada glamourosa. Era como um acampamento de férias, mas sem marshmallows e com muito mais lama, ratos e, claro, aquela sensação de que poderia ser a última vez que você veria seu celular (porque a internet não existia). Os soldados enfrentaram doenças, falta de comida e a dúvida constante de quem acionava o botão de "Morte Instantânea".
No final das contas, essa gloriosa Primeira Guerra Mundial foi um caldo grosso de consequências. Em vez de trazer paz, gerou uma ressaca tão feia que deu origem à Segunda Guerra Mundial, apenas duas décadas depois. E é aqui que entra o gancho da obra: como a repetição de erros históricos e a incapacidade de aprender com o passado nos levaram a um ciclo de violência que parece não ter fim.
Margaret MacMillan traz à luz uma reflexão crítica e irônica sobre as decisões tomadas por líderes que, para variar, estavam mais preocupados com suas reputações do que com as vidas que estavam em jogo. Com uma narrativa fascinante, ela evidencia que, se a guerra tinha a intenção de acabar com as guerras, uma coisa é certa: o plano deu muito errado. E se tem uma coisa que aprendemos com tudo isso, é que a guerra não se resolve com mais guerra, mas com um bom diálogo... e quem sabe, uma dose de bom senso!
Os leitoras que discernirem as entrelinhas da história podem sair dessa leitura com um grande conselho: não sigam os passos dos líderes do início do século XX. E quem sabe vocês não fazem a diferença, hein? Afinal, já passou da hora da humanidade encontrar um jeito de evitar guerras, não é mesmo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.