Resumo de Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia, de Juana Elbein dos Santos
Mergulhe na obra de Juana Elbein dos Santos e descubra como o culto Égun transforma a morte em celebração na cultura afro-brasileira na Bahia.
domingo, 17 de novembro de 2024
Vamos lá, sejamos sinceros: ninguém quer conversar sobre a morte, a menos que seja no contexto de um bom filme de terror ou de uma discussão acalorada sobre quem é o verdadeiro rei do pop. Mas, Juana Elbein dos Santos, em Nàgô e a morte, nos apresenta um panorama fascinante e respeitoso sobre o culto Égun na Bahia, trazendo à tona as nuances culturais e as práticas que cercam a vida e a morte na tradição nagô.
Ao longo das 304 páginas, a autora nos transporta para um mundo onde a morte não é apenas o fim de uma jornada, mas sim uma transição rica em significados e reverências. Pàde (o que é o culto aos ancestrais) e Àsèsè (o conceito de renovação e transformação) ganham protagonismo, mostrando que no sincretismo das religiões de matriz africana, cada rito e cada canção têm um peso danado.
Os Égun são, basicamente, as almas dos ancestrais, aquele pessoal que já têm suas entradas garantidas no grande show do além. Aqui, a morte é tratada como um ciclo contínuo e não como uma barreira. A autora faz questão de enfatizar que esse culto é muito mais do que algumas danças e oferendas: é uma forma de conectar os vivos com os mortos. Juana nos leva a entender que quando falamos de morte, estamos, na verdade, falando de vida, de história, de resistência e, claro, de festa!
E olha, se você pensou que as práticas religiosas se resumem a um punhado de cerimônias, pense novamente. Na Bahia, o culto Égun é um verdadeiro banquete cultural, onde a espiritualidade se entrelaça com a música, a arte e a coletividade. Juana se aprofunda em como essas tradições foram ressignificadas e mantidas vivas, mesmo diante de tantos desafios sociais e históricos. Você vai sentir como se estivesse indo a uma festa de Iemanjá, com muita comida e dança, só que ao invés de pão e vinho, há guias espirituais e histórias ancestrais.
O livro também entra nos meandros das interações entre os praticantes e a sociedade em geral, mostrando como a visão da morte e do culto Égun ainda é marcada por preconceitos e mal-entendidos. Juana, com seu tom acadêmico mas acessível, não apenas ilumina a ignorância alheia, mas também instiga o respeito e a curiosidade pelo que é, muitas vezes, marginalizado.
Ao final, Nàgô e a morte se torna um convite a todos nós: que possamos ver a morte como parte do ciclo da vida e aprender a celebrar os que já foram. A obra é uma resposta às perguntas que, sem querer, fazemos ao longo da vida e que, muitas vezes, preferimos evitar.
Então, se você estava só buscando um livro para entender mais sobre a cultura afro-brasileira e, ao mesmo tempo, ter aquela conversa de boteco sobre morte, a Juana acertou na mosca! Afinal, quem diria que aprender sobre ancestralidade poderia ser tão intrigante - e, sim, divertido? E não esqueça: ao entrar nesse universo, você vai querer mostrar aos amigos que a morte não é assim tão assustadora, afinal. Na Bahia, é motivo de celebração!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.