Resumo de Anarquistas, Socialistas e Comunistas, de Malatesta Errico

Exploração afiada de Malatesta sobre anarquistas, socialistas e comunistas. Entenda as contradições e nuances dessas ideologias fascinantes.

Se você já se sentiu confuso em uma conversa sobre política, pode se sentir um gênio após ler "Anarquistas, Socialistas e Comunistas", de Malatesta Errico. Prepare-se para uma viagem por um labirinto ideológico em que as placas de sinalização estão todas desencontradas. O autor, uma das figuras mais singulares do anarquismo, usa este livro para discutir, comparar e até detonar as diversas correntes do pensamento político que permearam o final do século XIX e começo do século XX.

Malatesta não é exatamente o tipo de cara que se preocupa em fazer todo mundo se sentir confortável. Ao contrário, ele lança mão de sua prosa afiada para nos apresentar anarquistas, socialistas e comunistas como se fossem personagens de uma peça de teatro. onde a platéia é a sociedade e o palco tá pegando fogo.

Começando pelo anarquismo, o autor explica que essa é a proposta de uma sociedade sem governo, em que todos são livres, mas apenas, claro, se todos concordarem em ser livres juntos. É como uma grande festa em que todo mundo pode trazer seu próprio lanche, mas ninguém garante que você não vai sair de lá com um burguês comendo seu brigadeiro. Para os anarquistas, a liberdade individual é sacrossanta, e a relação de poder é o verdadeiro vilão da história.

Os socialistas, por sua vez, entram em cena como os primos organizados e sérios da festa, tentando controlar a bagunça e distribuir as coisas de maneira mais justa. Malatesta critica a ideia de que uma mudança radical pode ser feita através do Estado. Não se enganem, a bandeira social-democrata não está aqui para ficar. Para ele, isso é só uma forma de manter a estrutura do poder com uma maquiagem legal. Na visão de Malatesta, isso é quase a mesma coisa que tentar adestrar um gato - no fundo, você sabe que ele vai fazer o que bem entender.

E, por último, temos os comunistas, que são praticamente os rockstars da revolução. Eles prometem o paraíso na terra, um mundo sem classes e tudo mais. No entanto, Malatesta alerta para o risco de que, no fim das contas, o comunismo possa acabar se tornando mais uma forma de autoritarismo. Afinal, enquanto os comunistas promovem a coletivização dos bens, eles não se importam se você estiver se sentindo um pouco claustrofóbico nesse novo mundo onde a individualidade é tão bem-vinda quanto um convidado indesejado na sua casa.

O autor, com seu olhar crítico e humor mordaz, nos leva a refletir sobre as nuances e contradições dessas três ideologias, mostrando que, apesar das diferenças, todas têm suas falhas e suas promessas não cumpridas. Prepare-se para rir e ponderar, porque aqui Malatesta não tem papas na língua e não se dá ao trabalho de nos deixar confortáveis em nossas crenças.

Ao final da leitura, você se verá em uma discussão animada sobre qual dessas ideologias seria a ideal, ou se está mais inclinado a pedir um pouco de cada uma, como se estivesse montando seu próprio prato em um buffet ideológico. E lembre-se, se alguém mencionar autoritarismo, simplesmente diga "não, obrigado".

Spoiler Alert: Não espere um final feliz, porque, no mundo de Malatesta, as ideias são mais complicadas do que parecem, e o verdadeiro desafio é como pô-las em prática sem deixar a moral da história em frangalhos.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.