Resumo de Deus aos domingos, de Rafael Campos Rocha
Mergulhe na ironia e reflexões de 'Deus aos domingos' de Rafael Campos Rocha, onde fé e lógica se entrelaçam em diálogos surpreendentes e divertidos.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em Deus aos domingos, Rafael Campos Rocha nos apresenta um universo onde a fé e a (falta de) lógica se entrelaçam em um enredo que provavelmente foi inspirado por conversas interrompidas no meio da missa. A obra, como um bom domingo, é curta e doce - e, claro, recheada de ironias.
Logo de cara, somos apresentados a um cenário inusitado: imagine um Deus que, nos domingos, decide descer à Terra e interagir com os mortais. Sim, porque, não basta ser todo-poderoso, ele também quer um pouco de diversão, e o que melhor do que assistir a uma partida de futebol em um bar? Aposto que ele só não faz assim com os feriados porque já sente falta de ir ao cinema com a galera da criação.
Os personagens que povoam essa narrativa são vibrantes, porém nada convencionais. Temos um pastor que faz mais perguntas do que dê respostas, ou talvez esteja apenas tentando se encontrar enquanto debate se devemos comer um lanche ou jejuar. A ironia é quase palpável, assim como a vontade de lhe oferecer um frappuccino, porque ele, definitivamente, precisa de algo mais refrescante!
A história se desenrola entre diálogos que parecem ter saído de uma conversa de bar recheada de memórias de infância e reflexões sobre a vida. Através de trocas de palavras que se assemelham a um jogo de tênis, os personagens se questionam sobre a fé, a vida e se a existência de Deus se resume a um futebol dominical. Um spoiler sutil, mas podemos afirmar que a resposta não é tão simples quanto parece. E nem estou falando sobre a dificuldade de decidir a marca da cerveja!
Outro ponto interessante é como o autor joga com a dicotomia entre o sagrado e o profano. É um jogo de cintura digno de um malabarista de circo, onde quem dirige a narrativa nos faz rir, chorar e, claro, refletir sobre as trivialidades da vida. Afinal, quem nunca teve um momento de epifania falando sobre as façanhas do time do coração ao lado de um devoto fervoroso?
O livro também faz alucinações sobre as tradições religiosas, indo e vindo entre elas como um bom sambista em um desfile de carnaval. Desde a crítica às rotinas de culto até a busca incansável pelo sentido de ser, Campos Rocha não deixa pedra sobre pedra. E, para aqueles que creem que tudo isso precisa de um ponto de conclusão, a obra nos ensina que a beleza está, muitas vezes, nas perguntas não respondidas.
Por fim, se você está à procura de um livro que possa te fazer rir e refletir, ao mesmo tempo, Deus aos domingos é a escolha ideal. No entanto, prepare-se para ter a sua noção de fé e lógica de cabeça para baixo, ou, ao menos, para um leve ajuste. Claro que, no caminho, você pode acabar se perguntando se o futebol existe para nos fazer debater sobre Deus ou se Deus só gosta de assistir aos jogos. A questão está em aberto!
Aproveite a leitura e que seus domingos sejam sempre abençoados, recheados de filosofia e, por que não, de uma boa risada!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.