Resumo de Akhenaton. O Filho Do Sol, de Luiz Carlos Carneiro
Mergulhe na intrigante história de Akhenaton, o faraó rebelde que trocou deuses por um só e suas desventuras amorosas com Nefertiti.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que seu nome é esquisito, espere até conhecer Akhenaton, o faraó que decidiu que não estava a fim de seguir as regras do Egito Antigo e, mais ousadamente, resolveu trocar os múltiplos deuses por um único: o Deus Sol. Ah, e ele não tinha medo de fazer uma reforma religiosa no meio da crise, o que também poderia ser chamado de "Faraó Rebelde".
A narrativa começa no seio da dinastia do Egito, onde o protagonista é apresentado como um príncipe que se destacava não só por sua aparência (o que não era exatamente comum, considerando que a beleza era um padrão de pele e... bem, nariz um pouquinho mais afilado). Akhenaton se levanta como o escolhido para a coroa, mas com uma ideia completamente fora da caixa: ao invés de adorar diversos deuses com suas respectivas festinhas e rituais, ele decide que todo o povo egípcio deveria se unir em volta do culto ao Deus Aton, a representação do sol. E assim, o faraó vai lá e dá uma de "pintor renascentista" na religião da época.
Essa mudança não foi muito bem recebida, é verdade. Veja bem, imagine você apenas empurrando uma mudança do grande patriarcado religioso, onde todo mundo estava acostumado a ter mais de um deus. As relações sociais não eram as melhores, e seus opositores aproveitaram cada oportunidade para criticar suas decisões. Saíram boatos sobre Akhenaton ser um faraó "modinha".
Além do contexto religioso, o livro explora sua vida pessoal, cheia de reviravoltas, alianças e rivalidades. A relação com sua esposa, Nefertiti, é como uma novela da Globo, repleta de drama e amor. O casal vive altos e baixos na corte, com uma conexão que parece desafiar as convenções de sua época. Spoiler: eles se tornam um dos casais mais icônicos, tanto que até hoje muitos se perguntam se eles realmente existiram e se foram tão glamourosos assim.
Akhenaton também é conhecido por mudar a capital, levando-a para Akhétaton (atual Amarna), numa jogada de marketing político digna de qualquer líder que quer mostrar que é inovador. Mas, o que acontece é que a cidade não dá certo e se torna praticamente um cartão postal de abandono. Para quem não gosta de spoiler, vamos deixar esse detalhe no ar.
Conforme a história avança, é possível sentir o clima de tensão. O faraó enfrenta a resistência de nobres e sacerdotes que não estavam prontos para largar seus deuses e suas tradições, o que culmina em conflitos que podem ser comparados aos mais emocionantes dramas familiares. A popularidade de Akhenaton começa a despencar, e sua visão liberal se torna cada vez mais impopular.
O autor, Luiz Carlos Carneiro, acerta em cheio ao entrelaçar história e drama, apresentando um personagem que é tão controverso quanto fascinante. A ideia de um faraó que quis fazer do Egito um lugar onde todos adorassem só uma fonte de energia (no caso, o sol) é, sem dúvida, uma ideia que merece ser discutida, ainda que tenha sido executada de modo. digamos, um tanto quanto falho.
Se você curte uma boa dose de rebeldia, drama e uma pitada de história, Akhenaton. O Filho Do Sol pode ser a sua próxima leitura, para você dar boas risadas com os dilemas de um faraó que só queria que o Egito olhasse para o céu e dissesse: "Olha lá, o sol!".
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.