Resumo de A paixão segundo G. H., de Clarice Lispector
Mergulhe na reflexiva jornada de G. H. em 'A paixão segundo G. H.' de Clarice Lispector, onde uma baratinha transforma a vida e a percepção da protagonista.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que a vida estava muito tranquila e precisava de uma dose de existentialismo e introspecção, então A paixão segundo G. H. é o livro certo para você! Nesta obra, a divã de Clarice Lispector se transforma em um verdadeiro divã psicológico, onde ela nos leva a uma viagem pela mente inquieta de G. H., uma mulher que não tem qualquer problema em desconstruir a própria vida enquanto a gente toma um café imaginário do lado.
A narrativa começa de forma aparentemente comum: G. H. é uma mulher de classe média, vivendo sua vida repleta de questionamentos, até que, em um dia fatídico, decide limpar o quarto de uma empregada que havia demitido. Mas, oh, as surpresas que a vida nos reserva! Ao entrar nesse quarto, ela se depara com uma baratinha, um verdadeiro ser indesejado que vai se tornar o grande foco de sua paixão - e não, não é o tipo de paixão platônica que você pode imaginar.
Depois de um encontro inusitado e transcendente (e bem, meio nojento) com a baratinha, G. H. se vê forçada a encarar seus próprios medos, desejos e dores existenciais. É um embate de introspecção, onde ela analisa seu lugar no mundo e questiona a natureza da própria vida. Spoiler alert: G. H. começa a quebrar a própria imagem que construiu de si mesma e vai cavando fundo na lama existencial - desculpa, mas não dá pra evitar!
Em meio a reflexões sobre o ser e o não ser, a protagonista nos leva a questionar tudo, desde a própria condição humana até a aceitação da própria pele - que entre nós, não é uma tarefa fácil. G. H. mergulha em pensamentos sobre a solidão, a morte e a essência do ser, enquanto a vida passa como um filme de arte sem legendas.
A escrita de Clarice, repleta de enrolação poética e um lirismo que pode fazer você se perguntar se a autora não estava um pouco "viajando", conecta G. H. a algo maior, algo que ressoa com a própria jornada do leitor. A narrativa é uma montanha-russa de emoções, usando uma baratinha como fio condutor para discutir questões complexas como a liberdade e a culpa, a vida e a morte, o amor e o ódio.
Por fim, G. H. não sai ilesa desse embate. A história termina de forma ambígua, deixando o corpo e a mente da protagonista em conflito, quase como uma última piada de Lispector sobre a essência da vida. O que fica é a certeza de que você provavelmente nunca mais verá uma baratinha da mesma forma. Afinal, quem diria que um inseto poderia ser o catalisador de tanta reflexão?
Então, se você tem estômago e uma mente aberta, A paixão segundo G. H. é uma caminhada pelo pensamento existencial que promete deixar você se perguntando: "E agora, o que eu faço com essa nova visão do mundo?". Prepare-se para uma boa dose de autoanálise, porque aqui, o divã está a postos!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.