Resumo de Nem trabalha nem estuda?: desigualdade de gênero e raça na trajetória das jovens da periferia de Brasília, de Ismalia Afonso
Entenda a luta das jovens da periferia de Brasília contra a desigualdade de gênero e raça em 'Nem trabalha nem estuda?' de Ismalia Afonso.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se, porque "Nem trabalha nem estuda?", da Ismalia Afonso, é mais do que um título provocador - é um raio-x da vida das jovens da periferia de Brasília, que, por sinal, não têm nada de fácil. Aqui, o livro aborda questões densas como desigualdade de gênero e raça. Então, pegue sua pipoca e se acomode, porque vamos explorar este tema sério com um toque de leveza!
O livro começa apresentando o cenário atual da juventude, especialmente das meninas, que, além de enfrentarem a pressão de "ter que ser alguém na vida", se deparam com uma constante batalha contra estruturas sociais arcaicas. A pesquisa deixa claro: quando se trata de desigualdade, a combinação de ser mulher e negra é como comprar um ingresso para a montanha-russa da vida, mas sem o direito a um cinto de segurança. Isso mesmo, é o parque de diversões da opressão e, spoiler alert!, não é nada divertido.
Afonso é como uma detetive do cotidiano, investigando como essas jovens se veem envolvidas em uma teia de marginalização que afeta suas oportunidades de trabalho e educação. Tem muita gente por aí que vive no mundo das ideias - "Ah, mas elas poderiam estudar mais" - mas a autora lembra: não é bem assim. As condições em que essas jovens vivem vão além da preguiça de estudar, é uma luta por sobrevivência e dignidade, e isso não se resolve apenas com aspirações.
Passamos pelas histórias de vida dessas garotas, que atuam como verdadeiras heroínas em um campo de batalha social. Elas têm sonhos, mas muitas vezes são sufocados pelas limitações impostas por uma sociedade que parece querer que elas permaneçam invisíveis. E a escrita de Ismalia é como uma lanterna que ilumina esses relatos, movendo-se entre a pesquisa e o testemunho, e revelando a crua realidade das trajetórias dessas jovens.
Um dos pontos altos do livro é a análise das políticas públicas (ou a falta delas) que deveriam oferecer suporte a essas mulheres. A autora aponta como essas jovens estão à mercê de um sistema que não se importa com suas necessidades. Sério, se as políticas fossem pessoas, seriam aquelas que aparecem do nada em um churrasco só pra comer e depois desaparecem sem ajudar na louça.
Ao longo da obra, a autora não deixa de lado a importância da interseccionalidade - aquela palavrinha que significa que a opressão não vem apenas em uma única camada. É como se você estivesse em um jogo de tabuleiro, mas todos os dados jogados contra você. Afonso expõe as múltiplas formas de discriminação que essas jovens enfrentam, tornando difícil qualquer tentativa de "uma vida normal". Normal? O que é isso?
Por fim, "Nem trabalha nem estuda?" não é apenas uma inquisição acadêmica, mas um grito, um chamado de atenção para a sociedade. É a fagulha que incendeia a discussão sobre as reais possibilidades dessas jovens, e o que todos nós podemos fazer para mudar essa narrativa. E, ah, se você estava esperando um final feliz, a gente ainda está lutando para chegar lá - mas com certeza, o primeiro passo é ouvir essas vozes e reconhecer suas lutas. Então, para quem achava que era só mais um óbvio "estude e trabalhe", talvez seja hora de uma repaginada nesse discurso.
Agora que você tem uma visão panorâmica, esteja preparado para mergulhar nessa leitura e absorver a força e a resistência dessas jovens, que vão muito além do que os números e estatísticas podem mostrar. Spoiler: a realidade é muito mais complexa e linda do que você imagina!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.