Resumo de Oryx e Crake, de Margaret Atwood

Mergulhe em Oryx e Crake, de Margaret Atwood, e descubra as consequências grotescas da biotecnologia em um futuro distorcido e reflexivo.

Em um futuro não muito distante e ligeiramente distorcido (se você acha que seu vizinho já é esquisito, espere até ver os personagens deste livro), Oryx e Crake, de Margaret Atwood, nos apresenta um mundo pós-apocalíptico onde a biotecnologia e a manipulação genética estão mais em alta do que a última moda de sapatos. A trama gira em torno de Snowman (sim, é o nome do nosso protagonista, e não, ele não é um boneco de neve), que parece ser o único sobrevivente de uma catástrofe que, se você for esperto, irá avaliar como "não vamos nos meter em biotecnologia de novo".

A narrativa é intercalada entre o presente de Snowman, que tenta sobreviver em um planeta que parece ter saído de um pesadelo alimentado por uma maratona de filmes de ficção científica, e suas lembranças de infância em um mundo que ainda tinha pessoas que tomavam café antes das 10h. A história dele é uma verdadeira linha do tempo em forma de espaguete: uma mistura de nostalgia por um passado relativamente normal e os horrores de um futuro onde as criaturas geneticamente modificadas estão mais à vontade do que muitos de nós em uma festa de fim de ano.

Snowman cresceu ao lado de dois amigos, Crake (mais um nome que deixa a desejar em termos de imaginação) e Oryx, a figura enigmática que se torna o pivô de quase tudo, como um bom meme que nunca morre. Crake é um gênio da ciência que acaba criando uma nova espécie humana, os Crakers, que são como uma versão "natureba" do ser humano: sem moralidade complicada e com a tendência de se reproduzir sempre que aparece uma oportunidade. Acredite, se você pensava que a vida era complicada, espie um pouco a vida dos Crakers.

Spoiler alert! Crake ouve o chamado da ciência e decide que o planeta precisa de um "filtro" na raça humana, então ele traz um apocalipse digno de Hollywood, mas com menos efeitos especiais e mais sangue. E adivinha quem se torna a voz do lado bom (ou quase) do roteiro? Isso mesmo, Oryx. Ela se torna uma espécie de símbolo, uma figura de conexão entre os humanos que restaram e os que foram criados por Crake.

No desenrolar da trama, Atwood não só critica a sociedade contemporânea, mas também nos faz refletir sobre a moralidade das inovações científicas (porque você provavelmente pensou que seria uma boa ideia inserir DNA de peixe na sua comida, não é?). Os dilemas éticos são mais complexos do que as fórmulas que Crake tenta desvendar.

Você vai rir, chorar e, talvez, pensar duas vezes antes de entrar em um laboratório de biotecnologia. No fim das contas, e se já não ficou claro até agora, Oryx e Crake é uma verdadeira montanha-russa de reflexões sobre a natureza humana, o amor, a amizade e as consequências das intervenções humanas no mundo natural. Não esquece da pipoca, mas cuidado com os spoilers!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.