Resumo de O Kitsch: a arte da felicidade, de Abraham Moles
Mergulhe na obra O Kitsch: a arte da felicidade e descubra como a estética duvidosa pode trazer alegria e reflexões profundas sobre o gosto e a imperfeição.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você está aqui, já curte a ideia de que a felicidade pode ter uma estética meio duvidosa, certo? Então prepare-se para mergulhar no mundo de O Kitsch: a arte da felicidade de Abraham Moles, um dos maiores pensadores quando o assunto é a estética do questionável e a arte que, mesmo sem ter muito talento, ainda dá um jeitinho de brilhar na prateleira da vida.
Abraham Moles começa sua obra introduzindo o conceito de kitsch, uma palavra estranha que basicamente designa aquelas coisas que são tão feias que são bonitas (ou não). É como aquela pintura de paisagem que você encontrou no brechó e, por algum motivo inexplicável, resolveu colocar na sala. Ou seja, é a arte que apela para o sentimentalismo, mas com um toque de gosto duvidoso - tudo isso, no fim das contas, resulta em uma concepção de felicidade que pode até parecer brega, mas gera um calor no coração.
O autor define kitsch como uma visão de mundo que se distancia da arte tradicional e busca o prazer imediato, mesmo que isso signifique abrir mão de bom gosto. Moles reforça que esse estilo é acessível e agrada a todos, como um abraço apertado de uma tia avó que não sabe se você já está crescido ou ainda é a mesma criança de sempre.
Uma parte relevante do livro discute como o kitsch se reflete nas sociedade contemporânea. Moles traz à tona a ideia de que vivemos em um mundo onde a estética kitsch está em toda parte - das músicas que top chart até as obras de arte que mais parecem ter sido feitas por uma criança de cinco anos com um conjunto de giz de cera. E pasme, você pode até encontrar felicidade nessas coisas!
Além disso, o autor menciona que o kitsch é uma espécie de resposta ao globalismo e à cultura de massa, oferecendo um refúgio emocional. Algo como olhar para um flamingo de plástico no jardim e lembrar das férias com a família na praia. Aqui, spoiler alert: a felicidade não se preocupa se tem o "melhor" gosto, mas sim com aquilo que faz o coração bater mais forte e traz boas memórias.
Moles também menciona que é preciso saber dançar conforme a música quando se trata de kitsch. Tem que ter coragem de assumir o que se ama, mesmo que isso signifique colocar uma camisa de arco-íris com a frase "Felicidade em formato de bolo" estampada em letra garrafal. Afinal, a arte não é só sobre estética; é também sobre afeto e identificação.
Assim, O Kitsch: a arte da felicidade acaba sendo uma ode ao que é considerado "ruim", mas que, no fundo, é essencial para trazer cor à vida. Moles nos convida, de forma bem humorada e sarcástica, a refletir sobre a beleza da imperfeição e sobre como a felicidade pode ser uma experiência muito mais rica e diversificada quando deixamos a crítica de lado e simplesmente aceitamos o que nos faz sorrir.
Em resumo, Moles não está aqui para definir padrões, mas para nos ajudar a perceber que a alegria pode ser encontrada no derrapar do gosto, transformando o banal e o tosco em sinônimo de alegria. A vida é curta demais para não ter um pouco de kitsch no prato, então aproveite e fique à vontade para escorregar um pouco no universo da alegria estética!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.