Resumo de Os estabelecidos e os outsiders: Sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade, de Norbert Elias e John L. Scotson
Mergulhe na análise de Norbert Elias e John L. Scotson sobre poder e exclusão social em 'Os estabelecidos e os outsiders'. Uma leitura reflexiva e instigante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Sabe aquele povo que vive se achando mais importante que os outros? Pois é, Os estabelecidos e os outsiders é a reunião de todas essas relações de poder em uma pequena comunidade. Esqueça os dramas da novela; aqui temos uma análise sociológica que faz qualquer barraco parecer um mero piquenique.
Os autores, Norbert Elias e John L. Scotson, nos convidam a mergulhar em uma análise das dinâmicas sociais que regem a vida de uma comunidade. Eles não estão aqui para fazer propaganda de produto de limpeza, mas para mostrar como a estrutura de poder é moldada e como os grupos sociais se estabelecem ou se tornam excluídos. Vamos lá, então!
No cerne da obra, a conversa gira em torno de dois grupos: os estabelecidos, que são os queridinhos da comunidade - os que têm os melhores lugares, as influências e um belo histórico de "gente que é gente" - e os outsiders, que, coitados, estão sempre à margem, vivendo à sombra dos benfeitores sociais. Os estabelecidos detêm o poder e a autoridade, enquanto os outsiders são tratados como se tivessem uma marca de nascença que diz "não sou daqui". Um conto de exclusão social que poderia muito bem ter um emoji de lágrimas.
Os autores utilizam um exemplo prático: uma cidade inglesa onde se propuseram a analisar as relações entre esses dois grupos. É como ver um reality show em que os insiders fazem festa e os outsiders se veem obrigados a ficar do lado de fora, batendo na porta e pedindo para entrar. Ah, se ao menos eles soubessem da receita de uma boa socialização!
E o que se segue? Mergulhamos em tensões, rivalidades e um pouco do ego social que faz com que as relações sejam recheadas de hipocrisia e exclusão. Os que estão dentro acreditam que têm o direito de definir quem deve entrar e quem deve ficar de fora. Implicitamente, a comunidade decide que a normalidade está com os estabelecidos, enquanto os outsiders ficam sempre com a pecha de "diferentões". Logo, quem não se encaixa nos padrões estabelecidos está fadado a ser um outsider pra sempre - ou a menos que arrume uma boa desculpa para ser aceito!
E, atenção, spoiler à vista: os autores acabam revelando que essa fragmentação social pode ter consequências muito sérias. O vazio social se torna um ciclo vicioso, onde os outsiders não encontram espaço para se integrar e a exclusão se perpetua. Assim, vamos aprendendo que o "poder" e a "influência" estão acima de qualquer esforço de inclusão.
Em suma, Os estabelecidos e os outsiders revela que, na vida social, as coisas não são tão simples quanto parecem. Uma análise que vai além da superfície e toca em pontos sensíveis da natureza humana: a necessidade de pertencer, os mecanismos de opressão e como os jogos de poder demonstram que, na sociedade, algumas pessoas são "mais iguais que outras". Uma reflexão necessária e cômica, se não fosse trágica, sobre como as relações de poder moldam nossas experiências e identidades em uma comunidade. Portanto, se você ainda acha que tem um lugar garantido na fila do pão, talvez precise dar uma olhada mais crítica nos grupos sociais em que está inserido!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.