Resumo de Economia Política das Indústrias Culturais, de Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske
Aprofunde-se na análise provocativa de Economia Política das Indústrias Culturais e entenda como o entretenimento molda a sociedade e a economia.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você chegou até aqui, é porque está prestes a embarcar em uma viagem fascinante (e, por que não, um tanto polêmica) pelo universo das indústrias culturais. Economia Política das Indústrias Culturais não é só mais um livro para aumentar a pilha daqueles que você prometeu ler no início do ano, mas uma análise que faz todo mundo pensá-las duas vezes antes de dar outra risadinha a respeito do papel do entretenimento em nossas vidas.
Os autores, Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske, se debruçam sobre o tonalidade da economia no jogo das indústrias culturais e, baseado isso, fazem uma série de análises sobre como a cultura e a produção das indústrias afetam o comportamento social e, veja só que surpresa, o próprio capitalismo. Afinal, quem diria que, por trás das câmeras de Hollywood e das maratonas de séries no Netflix, existe um vasto campo de interesse econômico?
Logo de cara, os autores discutem conceitos como indústria cultural, mercado, cultura e economia e, claro, a famosa fórmula do capitalismo: produza e consuma. O que eles querem é que você, leitor, repense padrões típicos de consumo cultural e a forma como isso impacta a nossa sociedade, como tudo que é 'cool' e viral não nasce do nada, mas de um sistema muito bem elaborado que visa, claro, os lucros.
A obra está recheada de exemplos práticos e case studies - isso mesmo, o estilo escola da vida, só que mais chique. Brittos e Kalikoske analisam desde a sagrada música pop até o cinema de blockbuster, mostrando como tudo isso não é só uma questão de gosto, mas é, sim, um produto moldado por interesses comerciais. E se você pensou que estava passando o tempo só de bobeira, que nada!
Entretanto, não vá achando que tudo se resume a um simples "o que é bom vende". Os autores exploram como os _gatekeepers_ (ou os que controlam o acesso à cultura) afetam o que chega até nós, o que nos leva a um circuito vicioso onde a cultura, em vez de ser uma liberdade de expressão, se torna um empréstimo do caixa automático das empresas. Quase que ao final, os autores ainda tiram um tempinho para comentar sobre a internet e as novas formas de consumo cultural, e não, eles não estão muito felizes com isso. O que antes parecia um paraíso de acesso igualitário, hoje se transforma em um terreno cheio de algoritmos que decidem o que você deve ou não assistir.
Ah, mas calma que ainda não acabou! Numa abordagem bem provocativa, Brittos e Kalikoske não hesitam em criticar a forma como o lucro e a economia moldam a própria essência da cultura, tornando-a, digamos, um pouco menos sutil e bem mais comercial. Ao final, o que fica? Uma pergunta crucial: será que a cultura realmente pode ser livre se está sendo agarrada em um abraço de urso pela lógica do mercado?
Em suma, Economia Política das Indústrias Culturais é um livro que não só informa, mas que também provoca. Segure-se na cadeira, porque familiaridade com jargões de economia pode ser necessária. E, claro, se você deseja se aprofundar nesse tema e sair da sua bolha de admirador de memes, este pode ser o passo certo! Prepare-se para repensar sua próxima maratona de séries!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.