Resumo de Os Imortalistas, de Chloe Benjamin
Explore como a revelação da data da morte transforma a vida dos irmãos Vowell em 'Os Imortalistas'. Reflexões sobre amor e mortalidade aguardam você.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se perguntou como seria saber a data da sua morte, já pode ficar com um leve nó na barriga, porque Os Imortalistas de Chloe Benjamin é o tipo de livro que adora fazer você reflectir (ou não dormir) à noite.
A história se passa na Nova York dos anos 60, e começa quando os irmãos Vowell - sim, irmãos com sobrenome em vogais, porque só pode ser uma escolha de nome na xepa das opções - decidem visitar uma pitonisa. Essa bruxa do bem, ou seria do mal? - na verdade, não está claro - revela para cada um deles a data exata de sua morte. E aí começa a verdadeira loucura. Porque imagina você sabendo que vai perder a última rodada de vídeo game em uma data específica? O que você faria? A resposta dos irmãos é variar entre viver a vida ao máximo e entrar em colapso existencial, porque, convenhamos, essa revelação pode ser uma bomba-relógio emocional.
Os personagens principais, Simon, Klara, Daniel e Varya, lidam de forma bem diferente com esse "presente" maligno da adivinhação. O Simon se joga de cabeça na vida e acaba indo para os holofotes de um bar gay em São Francisco, enquanto a Klara, a sonhadora, tenta fazer mágica em Las Vegas. O Daniel, que basicamente é o irmão responsável que tenta manter todos na linha, e a Varya, a cínica da família que se torna uma cientista obsessiva, são as almas mais confundidas dessa história. Não há como negar: cada um possui seu próprio estilo de procrastinação sobre a morte, e a batalha que travam nessa eternidade temporária é digna de um Oscar.
O que a autora faz de brilhante é criar essa tapeçaria de sentimentos, mostrando como as revelações da vidente moldam as vidas deles. Ao longo da narrativa, vemos os altos e baixos da vida desses irmãos, enquanto a data fatídica de cada um ronda como um gato sem dono. Aos poucos, Os Imortalistas explora temas como amor, perda, e, claro, a inevitabilidade da morte. Spoiler: não tem como escapar da última página sem algum drama.
Chegando ao clímax, você vai perceber que a gente nem sempre tem controle sobre o que a vida nos dá - e isso é, de qualquer forma, uma bela lição de vida (só que não, porque você já deveria saber, mas a gente insiste na repetição!). Ao final, as datas estão lá, mas as lições à la "carpe diem" e a intensidade das relações humanas são o verdadeiro cordão umbilical que nos liga nesse maduro ciclo da vida e da morte.
Então, se você acha que a vida é só flores e arco-íris, talvez Os Imortalistas seja a serotonina que você precisa para dar uma revirada nesse paradigmas. Prepare-se para rir, chorar e talvez ficar com um desejo estrondoso de fazer uma visita a uma pitonisa - mas só se você tiver coragem para ouvir a resposta. E ao final das contas, estamos todos imortalizados nas memórias uns dos outros, por mais temporários que nossos dias possam ser!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.