Resumo de De Vulgari Eloquentia: Sobre a Eloquência em Língua Vulgar, de Dante Alighieri
Aprofunde-se em De Vulgari Eloquentia, de Dante, e descubra como a língua vulgar pode ser mais eloquente que o latim. Uma reflexão sobre linguagem e identidade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensou que Dante Alighieri estava apenas preocupado com a sua viagem ao Inferno, se enganou! No seu tratado De Vulgari Eloquentia, ele se desafia a explicar por que falar a língua vernacular (a "língua vulgar" do seu tempo, que mais tarde ficaria conhecida como italiano) pode ser tão poderoso quanto - ou até mesmo mais - que o latim chique, utilizado pelos eruditos.
Neste texto de formação literária medieval, escrito em forma de diálogo, o poeta se propõe a discutir a eloquência, mas não apenas no sentido de saber falar bonito. Na verdade, ele quer saber: "Por que a língua que falo, que envolve todos os cidadãos comuns, deve ser tratada como algo menor?" Uma pergunta que até hoje provoca discussões acaloradas em mesas de bar, mas que, no caso de Dante, leva a uma reflexão sobre identidade e linguagem.
O tratado começa com Dante propondo que a verdadeira eloquência só pode ser alcançada quando se usa a língua de quem está ouvindo! Então ele afirma que a literatura - e pasmem, a poesia! - não precisa ser exclusiva de quem fala latim, ou pelo menos, não deveria. Dante cassava as algemas do latim e mostrava que a língua vulgar poderia, sim, abraçar o lirismo.
Mas calma lá, isso é só a introdução! Ao longo da obra, o autor se aventura por uma série de tópicos: ele fala sobre as diferentes variedades e dialetos do vulgar, criticando as variações que não respeitam a "pureza" da língua. Ele faz até um ranking das línguas! Oh, as polêmicas das nacionalidades linguísticas se iniciam aqui! É como uma competição esportiva, mas em vez de times, temos dialetos! Ele, claro, insinua que a língua florentina (olha a clubismo aqui!) é a melhor! Isso mesmo, Florença, a cidade-berço do Renascimento se achando na fita.
Além disso, Dante discute as várias formas de expressar as emoções e a beleza através das palavras em vulgar, ressaltando a importância da capacitação das massas para entender o valor das letras, porque não adianta uma linda rede de palavras se o público não é capacitado para navegar por elas. Como diria o poeta, precisamos de mais gente poetizando e menos gente apenas consumindo, não é?
Por fim, o texto nos deixa com um leve toque de reflexão: será que nos limitamos a usar certas linguagens só porque são vistas como "mais dignas"? Ou poderíamos estar, de fato, soltando um potencial criativo impressionante, se apenas nos apropriássemos do que é nosso? Claro, se você está apenas buscando saber sobre as formas de fazer rimas sem ter que estudar latim, talvez De Vulgari Eloquentia não seja exatamente sua praia, mas o papo é profundo e pode gerar algumas conversas interessantes, já que a discussão da linguagem e seu uso são eternamente atuais.
Então, para resumir: De Vulgari Eloquentia é uma jornada epifânica sobre tornar a linguagem mais acessível e poderosa, e quem sabe nos incentivar a usar nosso vernáculo com mais orgulho e eloquência. Esperamos que você, leitor, também se sinta inspirado a dar valor às palavras do dia a dia; porque, afinal, quem precisa de latim quando se tem a força das palavras comuns, mas tão bem usadas?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.