Resumo de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche
Uma leitura leve e reflexiva sobre a vida e a morte. Descubra como Sogyal Rinpoche transforma a finitude em uma oportunidade de aprendizado com humor.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre quis saber como lidar com a morte e ainda se divertir no processo, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer pode ser a sua nova leitura favorita - mesmo que você não tenha a menor ideia de como pronunciar "Sogyal Rinpoche" (dica: não se preocupe muito com isso). Este livro, como o título sugere, mergulha de cabeça nas ideias tibetanas sobre a vida e a morte, trazendo ensinamentos que vão desde a importância de aproveitar os dias até como encarar aquele amigo que só fala de morte em festas.
Começando com uma introdução ao sofrimento humano, o autor não se contém em descrever o que todos já sabemos: a vida é uma montanha-russa de altos e baixos. Mas calma! Ao contrário do que você possa pensar, isso não é um manual de autoajuda deprê. Rinpoche pega na mão do leitor e o guia por um caminho mais iluminado, repleto de dicas sobre como viver plenamente. Aqui, a regra número um é: não leve tudo tão a sério. Afinal, rir é o melhor remédio, e isso também vale na hora de lidar com a finitude.
O livro é como um grande mapa para a transição entre a vida e a morte, sem deixar de mencionar as práticas tibetanas de meditação. Ao longo das páginas, Sogyal compartilha histórias e ensinamentos que visam transformar a maneira como enxergamos o último suspiro da vida. Um dos pontos mais interessantes é o conceito do "bardo", que não é um grupo de artistas medievais, mas sim um estado intermediário entre a morte e a reencarnação. Uma espécie de "intervalo para o café" na viagem da alma, onde você pode reconsiderar suas tendências de reencarnar como um gato ou, quem sabe, como um ser iluminado (sem pressão).
Outro conceito que Rinpoche destaca é a prática da meditação. O autor encoraja os leitores a se tornarem amigos da prática meditativa, como quem se torna amigo de um sofá confortável - e, se você já passou horas nesse sofá, sabe do que estou falando. Ele nos ensina a familiarizar nossa mente com a ideia de que a morte não é um fim, mas apenas uma nova oportunidade, quase como uma atualização sem precisar pagar por isso.
O autor também aborda a importância do "carma" - essas boas e más ações vão determinar a sua próxima viagem pelo samsara (ou ciclo de reencarnações, para os íntimos). Você pode pensar nisso como uma grande competição: quanto melhor você se comportar nesta vida, melhores serão seus prêmios na próxima. Então, já sabe, é hora de parar de ser aquele amigo chato que sempre deixa o resto do grupo na mão na hora de pagar a conta!
Em suma, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer oferece uma perspectiva bem-humorada sobre a morte e a vida, misturando ensinamentos milenares com um toque de leveza. Rinpoche nos lembra que a vida é um presente (mas nem sempre bem embrulhado) e que cada um de nós deve encontrar a própria maneira de aproveitar essa vaca, digo, essa viagem nossa de poucos anos. E ah, fique tranquilo: mesmo após a leitura, você ainda terá bastante tempo para filosofar sobre a vida e a morte nas festas.
Se você estava esperando uma receita passo a passo para lidar com a morte, lamento te desapontar; mas a jornada que Rinpoche proporciona é, sem dúvida, mais rica que qualquer ensinamento prontinho. E, afinal, qual é a graça de ter todas as respostas, não é mesmo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.