Resumo de Solar, de Ian McEwan
Mergulhe na hilariante e crítica jornada de Michael Beard em Solar, de Ian McEwan. Uma reflexão sarcástica sobre ambição e fracasso.
domingo, 17 de novembro de 2024
Imagine um protagonista que é uma combinação perfeita de gênio, tonto e ecologista: Solar, de Ian McEwan, traz-nos Michael Beard, um físico premiado com o Nobel que se tornou mais famoso por seus relacionamentos amorosos (sim, ele acha que conquista moças como se tira fichas em um bingo). Beard decide se redimir de suas esquisitices e tenta se tornar um salvador do planeta, ou pelo menos um herói ambiental que ainda consegue se deliciar com alguns prazeres da vida.
A história começa com Beard em sua fase glorificada, vivendo a vida grande - e de forma conveniente, não com suas próprias pernas, mas com a barriga bem cheia de pizza e no sofá. Após um grande escândalo pessoal (que ele mesmo causou, claro), ele se vê obrigado a mudar o foco de sua vida. Ao invés de se atolar em mais relacionamentos fracassados e nos deslizes típicos de alguém que não é exatamente a melhor companhia, ele decide que a vida sustentável é a nova tendência.
Spoiler alert: tudo parece lindo até que Beard se embaralha em suas próprias invenções malucas. Ele se torna parte de uma pesquisa sobre energia solar que, para variar, vai muito mal. É como se ele estivesse tentando consertar um carro com as ferramentas erradas. O que se segue é uma hilariante exploração de como as ambições e as teses nobres de homens muito inteligentes podem se transformar em uma sucessão bizarra de fracassos. E sim, o leitor se diverte enquanto observa sua tentativa desesperada de conquistar uma relevância que já parece mais distante do que os planetas em nosso sistema solar.
À medida que a trama se desenrola, Beard encontra-se em um jogo de gato e rato com sua consciência, seus relacionamentos (com uma pitada de infidelidade sempre do lado) e as consequências de suas ações. Enquanto ele tenta salvar o mundo, ele acaba se afundando em uma rede de mentiras e péssimas decisões que deixa qualquer um perguntando: "será que esse homem vai conseguir concluir alguma coisa além de um sanduíche?"
Fazendo críticas sobre a ciência, a moralidade, a ética e, claro, a vida cotidiana, McEwan não perde a chance de nos mostrar o quão ridículo pode se tornar o ser humano quando empurrado para a tentação do estrelato e a busca por relevância. Solar não é apenas uma leitura envolvente; é uma reflexão sarcástica sobre as promessas não cumpridas e a loucura humana.
Então, se você está pronto para mergulhar em um conto cômico que é, ao mesmo tempo, uma crítica incisiva e uma diversão em prosa, Solar é a escolha perfeita. Prepare-se para rir, torcer e até se sentir um pouco envergonhado por Beard - afinal, quem não se identifica com aquele amigo que nunca aprendeu a dizer não a um "prato a mais"?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.